De um lado, o imperador representa (de forma idealizada) o nascimento de um governo nacional; de outro, a primeira mulher a lutar no exército brasileiro representa os milhares de voluntários que lutaram por uma liberdade que não veio ao fim da guerra.
A forma como olhamos para o passado diz mais sobre a nossa vontade de compreender a realidade do que sobre como a História se desenvolve.
O que o Brasil incógnito pode ensinar ao Brasil oficial? Bruna Frascolla analisa o livro de Jorge Caldeira, "História da Riqueza no Brasil".
É preciso superar o embate crônico entre os bacharéis, que usam seu prestígio para manter privilégios, e a instituição militar, que se arvora em guardiã da ordem.
Outras agendas, negócios, éticas e mentalidades foram desenvolvidos à margem do projeto dominante que, desde a chegada da Corte portuguesa em 1808, teve no Rio de Janeiro seu centro – e seus resultados foram melhores.
É preciso superar o modelo consagrado por historiadores como Caio Prado Jr. que reduz a história nacional aos antagonismos entre Portugal e Brasil, metrópole e colônia, senhor e escravo, elite e povo, agricultura e indústria.
O nosso modelo federativo no início do século XX não foi acompanhado pelo avanço dos direitos do cidadão. Dessa forma, nasceu a ideia de que a descentralização servia para ampliar a desigualdade econômica.