Biden, a política externa e o excepcionalismo americano

“Biden não se desviará de uma linha de continuidade característica da nação norte-americana. Tal como não havia sucedido com Trump (apesar dos erros cometidos e das inevitáveis percepções), com Reagan, Bush, Obama ou Clinton.” Por Cristiano Cabrita, do IEP, uma análise sobre a política externa de Joe Biden; uma análise sobre o excepcionalismo americano.

Tempo de horizontes largos

"Nenhuma das ameaças pré-pandemia à economia global desapareceu, e pelo contrário, com a crise gerada pela COVID-19 e as resposta que estão a ser encontradas, estão a agravar-se e a agravar todas elas. Ampliaram-se os grandes riscos que já existiam e introduziram-se mais barreiras ao crescimento na próxima década." Para Sónia Ribeiro, do Instituto de Estudos Políticos, em tempos de horizontes largos, importa rejeitar as falsas respostas e encarar a incerteza em seus termos.

Impacto sistémico e oportunidade estratégica de uma nova crise

Como a história do século XX ilustra – e na Europa de forma evidente –, uma crise nunca tem uma via única de resolução. O futuro reconstrói-se após cada crise, quando novas oportunidades se abrem para a reinvenção com a criatividade e o livre arbítrio que só a humanidade tem para decidir como o quer moldar.

A ordem liberal na encruzilhada

Enquanto o Ocidente assiste ao enfraquecimento do multilateralismo, Estados iliberais usam as potencialidades do mecanismo de cooperação para buscar alcançar seus interesses particulares. Por ser um conceito descritivo e não normativo, o multilateralismo pode ser instrumentalizado para servir a propósitos da política do poder.