Na quinta e última parte do especial do Estado da Arte dedicado aos 50 anos do Maio de 1968, Rodrigo de Lemos examina o surgimento da "hiperdemocracia" e as novas sensibilidades sociais e individuais que marcam nosso tempo.
As alternativas maoístas assimiladas pela esquerda francesa eram desastrosas, mas as motivações de muitos que as defendiam no Ocidente eram genuinamente generosas.
"O maio de 68 parisiense punha em questão a cultura europeia e seus valores tradicionais; a Primavera de Praga era uma defesa apaixonada da tradição cultural europeia." (Milan Kundera)
Do pop à alta cultura, os universitários descobriam o Oriente. Entre a fascinação com o outro e a autoexpiação dos abusos do passado, a geração de 68 foi a última a receber o legado da cultura clássica e a primeira a não o transmitir.
No que consiste exatamente a linha divisória entre a retórica da direita vingativa e a moralidade islâmica da qual eles se propõem a defender suas sociedades no Ocidente?
O crítico Willian Silveira analisa o longa 'O Formidável', sobre a vida do cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard. Mesmo com a presença de Louis Garrel e com a direção do oscarizado Michel Hazanavicius, o filme decepciona.