O que distingue o verdadeiro do falso filósofo? Entre a economia da confiança e os falsos gurus, um ensaio de Celina Alcântara Brod.
Para Hume, a obediência à autoridade era mais um produto internalizado pelo hábito do que uma conclusão da razão. Um ensaio de Celina Brod.
Escolher sempre envolve algum sentimento, para o bem ou para o mal. E se as paixões, violentas ou calmas, impulsionam o agir, e a simpatia é capaz de fazer com que haja a contaminação de crenças e emoções, a interação entre um líder e seus seguidores será de extrema importância. Por Celina Brod.
A partir das reflexões de Primo Levi — e de John Gray e Harry Frankfurt, e de estudos como os de Stanley Milgram e Solomon Asch —, Celina Alcântara Brod, escreve sobre o domínio da conformidade e da obediência acrítica.
"Acompanhando vozes de natureza conservadora, este texto é um tímido manifesto conservador. Um manifesto que rejeita a antecipação de um mundo, um mundo que alguns tentam normalizar diante dos desafios da pandemia causada pela Covid-19. Não há que se normalizar circunstâncias que nos entristecem e constrangem nosso bem-estar." Para Celina Brod, "a expressão 'o novo normal', que tem sido usada sem pudor, é um equívoco de mau gosto. Mesmo que todos estejam entretidos com suas gerigonças, é preciso manter o empenho na restituição do velho normal. O novo, há que se insistir nisso, é anormal."
"Os mecanismos para driblar a autocondenação vão desde santificar a ação por nobres propósitos ideológicos, políticos e sociais a eufemismos: uma linguagem que produz uma névoa semântica para esterilizar os atos violentos e contornar a culpabilidade." Um ensaio de Celina Alcântara Brod sobre a força do rótulo no desengajamento que foge à responsabilidade moral individual. "Nosso mal-estar da política, está, e não é de hoje, nessa constante fabricação de um inimigo sem rosto."
Com Hume, aprendemos que somos animais jogados as contingências. Qual é o efeito desta revelação para a política? Para Celina Alcântara Brod, "o ingrediente do qual qualquer sociedade livre e decente depende: a moderação."
O que faz com que pessoas ordinárias vinculem-se a uma figura, e concedam a ela uma confiança, admiração e entrega inquestionável? Onde começa o perigo entre líderes e seguidores? E como sabemos se estamos diante de uma relação simbiótica de domínio e submissão?
Será que os humanos são capazes de satisfazer-se com esperanças sensatas e um olhar atento ao presente, ou somos uma espécie que teima e precisa crer em ilusões?