De um lado, o imperador representa (de forma idealizada) o nascimento de um governo nacional; de outro, a primeira mulher a lutar no exército brasileiro representa os milhares de voluntários que lutaram por uma liberdade que não veio ao fim da guerra.
Amar-se é o mais difícil de todos os exercícios da alma. Porque aprendemos a nos negar, a priorizar os outros, os filhos, a família, o parceiro, os colegas de trabalho, os amigos.
tenho me perguntado em que medida essa defasagem com aquilo que um dia sonhamos ser e o que nos tornamos pode ser creditado somente a uma falência pessoal? Teria a sociedade e a forma como nos relacionamos uns com os outros, algum papel nesse modo de nos avaliarmos?
Poderia Albrecht Dürer estar representando, por meio de um tema comum à sua época, um sentimento pessoal que vivenciava?
Em sua coluna de estreia no Estado da Arte, a jornalista, socióloga e escritora Isabelle Anchieta antecipa aos nossos leitores um capítulo de seu livro, "Imagens da Mulher no Ocidente", que será publicado em 2019 pela EDUSP.