A ficção, e olharemos especificamente para a ficção contemporânea, não é feita de metáforas, por mais que pareça que sim. Ela é feita de visão, do que Ruth Webb chama de “fazer ver com seu olho mental”.
Não vou entrar no mérito do Instagram, das selfies, do nosso desejo permanente de construir uma imagem e uma imagem das nossas experiências para o Outro. Meu foco é o museu. E imaginar reações alheias diante dos livros O Museu da Inocência, de Orhan Pamuk, e O Museu do Silêncio, de Yoko Ogawa.