Acompanhe a série “José, professor”, de Caio Gagliardi

Nesta série de ensaios literários, Gagliardi se propõe a traçar o retrato humorístico do professor como uma das personagens mais trágicas da modernidade.

Costurando uma rede que envolve dezenas de romances, contos e filmes, os quais apresentam em comum o professor como personagem de ficção, as histórias aqui analisadas espelham a biografia espiritual de seu leitor, o professor José, com quem Caio Gagliardi se dispõe a praticar o esquecido hábito da tertúlia intelectual. Como contexto recuperado, os ensaios projetam uma visão ironicamente cáustica da vida acadêmica e respondem ao projeto político de caça ao homem das letras.

“Autorretrato póstero”, por José.

No primeiro texto da série, somos apresentados, por meio de um autorretrato, fotos e pelo testemunho de Gagliardi, ao professor que motivou a crônica desses encontros. Chegando ao final, temos a oportunidade de assistir a uma aula sua.

No segundo capítulo da série, José sente na pele o flagelo de Adalberto Prachedes, da peça Pequena Ladainha Anti-Dramática…, de Chico Carvalho (2018); John, da peça adaptada para o cinema Oleanna (1994), de David Mamet; e David Lurie, do romance Desonra (1999), de J. M. Coetzee.

No terceiro capítulo da série, José vive a angústia de dois reféns da imaginação fértil de seus alunos: o professor Rubens, do longa-metragem Aos teus olhos (2016), de Carolina Jabor, e Lucas, do filme A Caça (2012), de Thomas Vinterberg.

No quarto capítulo da série, dando prosseguimento à investigação da personagem do professor sob suspeita, José percorre, a partir de perspectivas bem distintas, três romances de Philip Roth: A Marca Humana (2000), Professor do Desejo (2013) e O Animal Agonizante (2001).


Caio Gagliardi é professor associado de Literatura Portuguesa na Universidade de São Paulo. Publicou, entre outros livros, Fernando Pessoa Ironista (2024), O Renascimento do Autor: Autoria, Heteronímia e Fake Memoirs (2019), Fernando Pessoa & Cia. Não Heterônima (2019), Teatro do Êxtase (2010; 2020) e Mensagem (2007). Nos campos da ficção e da poesia, publicou ainda Justine (2022) e Caroço (2021), respectivamente. 

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