Por que obedecemos leis que não coincidem com nossos desejos e nem com nossos juízos morais?
O anarquista não precisa atirar coquetéis molotov. Ele pode ser apenas o sujeito que sorri diante da pompa e das togas dos poderosos.
Se Hart olhasse para o Brasil de hoje, ele atribuiria ao “pós-positivismo” de nossos juristas uma certa parcela de culpa por sermos ovelhas conduzidas tão docilmente para o matadouro pela elite que nos governa legalmente.
O alvo do “pensamento crítico” não costuma ser o argumento do outro, mas a própria figura do outro. Não se pergunta com que razões o outro fala, mas em nome de quais interesses.
O paciente é uma parte especialmente vulnerável em sua relação com o médico. Ademais, o médico que explora o paciente, prescrevendo um tratamento em benefício próprio e em detrimento do bem-estar do paciente, transgride, da forma mais radical possível, os deveres de uma profissão que envolve muito mais do que a simples prestação de um serviço.
“Tratar a teoria jurídica como um ramo da filosofia política, a ser desenvolvido em departamentos de filosofia e de política, assim como em escolas de direito, aprofundaria ambas as disciplinas."
Para Robert Nozick a justiça não tem a ver com o padrão de distribuição dos bens, mas com a lisura e a voluntariedade das transações.
Recentemente, uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, repercutiu muito por sugerir que ideias supostamente liberais estariam bastante disseminadas entre os mais pobres.
A operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de pagamento de propina para agentes públicos com o objetivo de emitir, sem fiscalização, certificados de adequação da carne para consumo humano a padrões sanitários, trouxe à tona um interessante problema prático, ligado a várias questões filosóficas: Como o consumidor pode saber se o que ele está consumindo é próprio para o seu consumo?