Em entrevista exclusiva ao Estado da Arte — conduzida e traduzida por Rodrigo Coppe e Filipe Campello —, o filósofo Charles Taylor falou sobre identidade, cidadania, religião, neoliberalismo, democracia. Sobre nossa condição, nossas circunstâncias.
"Expressar um pensamento por meio do cinema seria possível com a escolha de componentes visuais que, isolados, seriam reais em si, mas cujo fim último seria estabelecer ligações com outros componentes; ligações abstratas, porque inexistentes nas imagens. O mito da encenação propõe uma inversão crucial. Seus defensores acreditam poder abstrair a realidade cênica sem o recurso da montagem; acreditam que essa realidade possa de uma só vez ser abstraída e reforçada em sua concretude. Rejeitar a montagem assertiva, nesse contexto, significa rejeitar a abstração como definida tradicionalmente. Decorre dessa postura uma negação da “linguagem”, mas uma negação que se volta unicamente à linguagem que se exibe enquanto tal."
Em parceria com a FOCO - Revista de Cinema, um ensaio de Lucas Baptista sobre o mito da encenação.
"A visão majoritária antissecular do BJP ameaça a democracia liberal na Índia em três níveis: social, ideológico e institucional. Se o partido implementar essa visão, a Índia provavelmente permanecerá uma democracia eleitoral, mas o título de democracia liberal — um país com liberdade de debate e discussão, instituições de freios e contrapesos robustas e sólidas salvaguardas de diretos e liberdades — tornar-se-á algo do passado." Na parceria do Estado da Arte com a Fundação FHC, um ensaio do Journal of Democracy: An Iliberal India?, de Sumit Ganguly.
Uma introdução à história da filosofia, por A.C. Grayling, na tradução do Prof. Desidério Murcho. Uma parceria do Estado da Arte com o site Crítica na Rede.
"Se o cinema é a arte que extrai do olhar o seu máximo potencial, a gênese da obra de James Gray é uma revelação de tudo o que podem os olhos abertos." Na parceria do Estado da Arte com a Persona Cinema, o cinema de James Gray em Little Odessa, por Lucas Petry Bender.
"Nos bons velhos tempos, uma das mais estimulantes observações de Mário Soares era que, em democracia, o pêndulo tem de ter espaço para se mover tranquilamente — um pouco mais para a esquerda hoje, um pouco mais para a direita amanhã." Recordando Mário Soares e os bons velhos tempos, contra o clima tribal de nossa época, as recomendações de leitura do Professor João Carlos Espada, OBE. (Publicado originalmente no Observador.)
O Estado da Arte, em parceria com o Projeto Bolsonarismo: o Novo Fascismo Brasileiro, do Labô/PUC-SP — coordenado pelos professores Luiz Felipe Pondé e Eduardo Wolf —, apresenta fragmentos da obra O Fascismo em Camisas Verdes: do Integralismo ao Neointegralismo, de Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto. Lançado pela FGV Editora, a obra é, como Octavio Guedes anuncia em seu prefácio, mais que um livro de história: é “um belo trabalho de investigação, um manual para se entender o Brasil de hoje”.
Um dos grandes estudiosos do fascismo e do populismo hoje, Federico Finchelstein é Professor de História da New School for Social Research, em Nova York. Em entrevista exclusiva, conduzida por Rodrigo Coppe, o Professor Finchelstein falou sobre sua obra, sobre os conceitos de fascismo e populismo, sobre democracia e ditadura, sobre nosso tempo. Uma parceria do Estado da Arte com o projeto Bolsonarismo: Novo Fascismo Brasileiro, desenvolvido pelo Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo/PUC-SP, o Labô.
De quando o Rei Soldado encontrou o Soldado da Lei: um ensaio de Georges Martyn e Marcílio França sobre o Estado de Direito e os 100 anos da visita dos reis belgas ao Brasil.
"A visita dos reis belgas ao Brasil foi um estrondoso sucesso, em distintas direções. No plano pragmático imediato, consolidou as relações político-econômicas com a Bélgica; numa dimensão mediata, consolidou a inserção internacional do Brasil no teatro das relações internacionais . . . Pelo resto de suas vidas, o Rei Soldado e o Soldado da Lei guardaram as melhores recordações daqueles dias na jovem república brasileira."