Sem líderes consistentes e com um presidente da República desinteressado do tema, despreparado para imprimir qualidade ao processo decisório, a política transcorre com dificuldade. Seria uma oportunidade para os democratas, não estivessem eles afetados pela mesma carência de lideranças e agregação.
O mais importante durante a crise que teremos pela frente é garantir o salvamento do maior número possível de vidas, com base em critérios eticamente aceitáveis e que tenham sido amplamente debatidos pela sociedade como um todo.
Uma governança global democrática apoiada em instituições supranacionais é não apenas inexequível, como também constitui um programa político cujo efeito prático será apenas reforçar teorias conspiratórias. Uma resposta de Benoni Belli a Dominique Rousseau.
Enquanto cidadãos, somente seremos livres na medida em que pudermos nos realizar politicamente, desenvolvendo-nos como nação e sendo capazes de harmonizar perfeitamente a miríade de interesses privados com o interesse público.
Seria vida esse intervalo de vida, ou somente uma pausa insuportável? Por acaso esse fato estranho nos ajudará a viver melhor o resto de nossa história? O que faremos no dia seguinte? Seremos os mesmos? Haveremos aprendido alguma coisa? Não seria absurdo que haja sido em vão?
A expressão “caminhando com o destino”, pode ser enganadora, se for dissociada das razões — morais, políticas, filosóficas — que levaram Churchill a enfrentar as batalhas cruciais que enfrentou.
A história nos mostra como, em períodos de profunda crise econômico-social, os donos do poder e seus representantes se veem compelidos a dividir para continuar a reinar.
Em meio a tantas incertezas, compõe o mínimo denominador comum a terrível assunção – que ninguém pode subestimar e minimizar – de que as concessões que se fizerem na saúde, na economia e na liberdade carregam consigo riscos incomensuráveis.
O heroísmo ainda habita entre nós, e o pano de fundo de toda essa situação que beira o pânico é o medo da morte. Será uma tarefa hercúlea adaptar o paradigma imunológico, que restringe as relações, à sociedade globalizada, que depende de trocas e intercâmbios.