Falando de Música: Um ensaio do Maestro Leandro Oliveira sobre o espírito de permanente criação e investigação que anima a Filarmônica de Minas Gerais na realização da Maratona Beethoven.
“Ao contra?rio do que pensamos intuitivamente, como algo a registrar o concerto, as câmeras veiculam um mundo fantástico e irreal: na televisão ou nas telas de computadores e celulares, o que as novas plateias da Filarmônica de Minas Gerais veem são um concerto ‘sonhado’, a intuição compartilhada de um diretor e toda sua equipe de transmissão que substitui a realidade presencial de um ponto fixo da cadeira na sala de concerto.”
Em 2020, o Festival Internacional de Bergen foi uma das primeiras programações culturais de verão a enfrentar a atual crise mundial. Frente aos desafios de um cancelamento, seu Diretor Artístico e CEO, Anders Beyer, tomou a decisão de reorganizar toda a programação, e adaptar todo projeto para o mundo digital. O Maestro Leandro Oliveira conversa com Beyer sobre a única organização do gênero a assumir o desafio de transformar seus eventos em transmissões sem público, sobre as lições disso, sobre aquilo que fica.
Notas pessoais do Maestro Leandro Oliveira sobre quando — sobre como — as "fake news" atingem também o mundo da música.
Para as instituições culturais nacionais, cujo modelo de financiamento as protege da ausência do público, qualquer que seja o tempo de solução da crise, os efeitos se perpetuarão nas temporadas 2021/2022.
As operações digitais são já uma realidade no mundo internacionalizado da música clássica. A atual crise sanitária apenas nos faz lembrar daquilo que era, de outro modo, inevitável.
Os agentes do mercado cultural seguem apreensivos quanto às limitações evidentes impostas pela provável nova realidade dos próximos anos. Nenhuma solução de curto prazo deverá prescindir de um planejamento, a médio e longo prazo, no qual criatividade e capacidade de reinvenção devem ser a nova tônica.
Vejo a atual onda de streamings gratuitos como um efeito colateral positivo da atual crise sanitária. Resisto a me colocar ao lado daqueles que entendem a situação em termos melancólicos.
A temporada 2020 apresentada por três entre as mais maduras instituições do país demonstram um ano auspicioso para os amantes de música clássica.
É notável e estimulante quando a música de Nazareth é compreendida nos seus próprios termos e não tomada como um exemplar exótico e distante do universo autorreflexivo da produção contemporânea europeia.