"Essas divisões nunca sararam. Essas pessoas acabaram de morrer! As pessoas que não querem você não mudam de idéia. Você sobrevive a eles, se tiver sorte...."
Consenso entre gestores e agentes culturais no Estado de São Paulo, a situação da música clássica mudou nos últimos dois anos. A sensação de retrocesso é para muitos sintoma de um desmonte deliberado.
E o mundo musical não acabou em 2016. Era o que muitos de nós esperávamos, recebidos por um ano que deu palco, ainda no seus primeiros dias de boas-vindas, a morte de Pierre Boulez, Gilberto Mendes, David Bowie, e seguiu de coveiro eclético para Nikolaus Harnoncourt, Prince, Leonard Cohen, George Michael…
A cena clássica internacional celebrou a criação da Academia Barenboim-Said, batizada a partir do maestro israelense Daniel Barenboim e do intelectual palestino Edward Said.
No calor de um artigo sobre as formas das canções do folk, me perguntam sobre o gênero. O que é ele exatamente? É questão técnica.
A revista The Economist acaba de fazer um interessantíssimo perfil da compositora finlandesa Katja Saariaho – atualmente reconhecida como uma das mais pertinentes compositoras de sua geração.
Um amigo pergunta: por que não tocamos as trilhas de grandes filmes na Sala São Paulo? A verdade é que desde uma recente apresentação célebre pela Filarmônica de Berlim da música de John Williams, Nino Rota e tantos outros, a pergunta acaba por ser muito comum.
Não posso deixar de registrar minha tristeza com a morte de Leonard Cohen. Ao lado de Bob Dylan, talvez Cohen seja o compositor pop que mais me fascina.
Tivemos um ano musical intenso neste 2016 - a despeito da crise e, por vezes, a despeito da música. O que quero dizer: com a presença de grupos extraordinários como a Filarmônica de Viena, para ficar no exemplo mais paradigmático, o ano foi recheado de perdas irreparáveis...