No começo de O Reino, livro em que conta o período em que foi católico, o escritor francês Emmanuel Carrère se pergunta como pôde acreditar nas teses absurdas em que o catolicismo se baseia.
Em Crítica da Vítima, o professor Daniele Giglioli quer nos conduzir por um campo minado. Discutir a vítima é discutir um dos poucos verdadeiros tabus da nossa sociedade.
Na pequenina autobiografia que preparou quando ganhou o prêmio Nobel, Daniel Kahneman destacou um episódio de sua infância. Judeu na Paris ocupada pelos nazistas, não podia estar nas ruas após um certo horário.
Quando falamos em “retrato”, pensamos primeiro na fotografia. Depois, nos retratos da pintura renascentista, barroca e neoclássica. Retratos que desejam destacar-se pelo realismo, por captar algo essencial do retratado, e pela técnica do retratista.
No artigo “A arte do gesto no Renascimento”, o historiador André Chastel conta que em 1602 Caravaggio recebeu uma encomenda: deveria pintar uma imagem de são Mateus sendo inspirado por um anjo ao escrever seu Evangelho.
“Entre Dom Quixote e o pequeno burguês vitimado pela publicidade, a distância não é tão grande quanto o romantismo gostaria que acreditássemos”, diz René Girard no primeiro capítulo de Mentira Romântica e Verdade Romanesca.
Até os fãs de Bob Dylan provavelmente ficariam confusos se o Nobel tivesse sido dado a Leonard Cohen e, em vez de correr para as livrarias, o público estivesse abrindo seus serviços de streaming para ouvir o último disco do ganhador.
Entrevista com Trevor Cribben Merrill, exclusiva ao Estado da Arte