Sobre o financiamento da cultura pelo Estado
Se formos concluir que o Estado nunca deveria patrocinar as artes, então uma parte mais do que significativa de toda a cultura ocidental simplesmente seria varrida do mapa.
Read MoreSe formos concluir que o Estado nunca deveria patrocinar as artes, então uma parte mais do que significativa de toda a cultura ocidental simplesmente seria varrida do mapa.
Read MoreNo romance “Das Booty”, Simon Pringle, capturou a ambiguidade em torno a Bruno Tolentino, poeta católico gay traficante poliglota : ora verdadeiro gênio, ora verdadeiro charlatão — mas o charlatão mais charmoso do mundo.
Read MoreA maior parte dos debates são apenas competições retóricas em que cada lado prega para seus convertidos.
Read MoreDe certos autores gostamos de imediato; de outros, aprendemos a gostar, e gostar mesmo.
Read MoreÉ possível construir um consenso entre esquerda e direita? Talvez o combate à ‘cordialidade’ e ao caudilhismo que sequestram o público em nome do privado, argumenta Pedro Sette-Câmara.
Read MoreDentro de Mindhunter, perguntar se Ford “é” também um psicopata trará uma resposta sempre variável: a obra resiste a essa problematização.
Read MoreA ideia por trás de “ecologia da mídia” é que um ambiente cultural mais uma nova tecnologia de mídia não é apenas ele mesmo mais algo novo, e sim algo totalmente transformado – como quando acontece após a introdução de uma nova espécie em algum ecossistema.
Read MoreDesde o século XVII, o romance se coloca como uma narrativa de como seus protagonistas inventaram a si mesmos. Daí que muitos leitores encontrem neles os mapas de suas vidas, as descrições de suas experiências, e os modelos a seguir.
Read MoreQual é o futuro das Humanidades? Uma hipótese a partir do pensamento de René Girard.
Read MorePor que um autor descreve uma rivalidade, entendendo os golpes que vêm de cada lado, entendendo ações e reações, e de repente toma partitdo?
Read MoreDifícil, hoje em dia, confiar num registro tão batido quanto a denúncia da opressão. É um problema grave, porque existem coisas que precisam mesmo ser denunciadas. Mas, como na fábula do menino que gritava “Lobo!”, eu ouvi “Lobo!” e não fui verificar.
Read MoreOs nossos romances modernos estão mais próximos da tradição homérica. Eles querem transmitir algo da vida real do cidadão comum, pintar o mundo, transmitir a sensação de modernidade. Eles podem ser esmiuçados, mas primeiro vão entreter, provocar emoções. Era isso que pretendiam Balzac, Dickens, José de Alencar.
Read MoreÉ forte a tentação de pensar que, como algo está na origem, sua presença afetaria tudo o que veio depois, como um traço congênito. Sem avaliar essa presunção, é fácil observar que, em programas literários subsequentes, o argumento de José de Alencar foi repetido: a literatura que se atacava não estaria à altura do Brasil.
Read MoreBruno Tolentino, poeta e ensaísta ocasional, faleceu há dez anos e poucos dias. O que ele escreveu sobre Oswald, as ideias que desenvolveu sobre o modernismo de 1922, traziam um misto de perspicácia e ingenuidade.
Read MoreOs mitos entram como uma espécie de chave da vida individual. A “jornada do herói”, cujo apelo seria comprovado por ter estado no fulcro de pequenas tribos e grandes civilizações, permaneceria viva, hoje, como uma possibilidade que cada pessoa poderia realizar sozinha.
Read MoreSe o diálogo aparentemente fora de cogitação ficar mesmo fora de cogitação, ao menos a experiência sugere que possamos aguardar um novo Napoleão do ressentimento.
Read MoreHá uma função legítima (restrita, mas firme) para o Estado, e é melhor jogar com regras ruins do que abolí-las porque os jogadores trapaceiam sem parar.
Read MoreFoi o filósofo Jean-Pierre Dupuy quem primeiro estabeleceu uma relação entre o terrorista e Cristo: se este, na cruz, pede ao Pai que perdoe a multidão anônima que pediu sua crucifixão, pois esta “não sabia o que fazia”, o terrorista decide executar uma violência contra uma multidão anônima.
Read MoreNo começo de O Reino, livro em que conta o período em que foi católico, o escritor francês Emmanuel Carrère se pergunta como pôde acreditar nas teses absurdas em que o catolicismo se baseia.
Read MoreEm Crítica da Vítima, o professor Daniele Giglioli quer nos conduzir por um campo minado. Discutir a vítima é discutir um dos poucos verdadeiros tabus da nossa sociedade.
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