Ao início do século XX, literaturas tão diversas quanto a russa, as latino-americanas ou a chinesa terão seu movimento simbolista, que é também seu momento gálico; a sombra da França se confunde então à sombra de Baudelaire. Sob sua influência, a lírica francesa moderna se constitui como lírica moderna universal.
Uma arte que imita; uma arte que ensina; uma arte que educa; eis a tripla recusa da estética de Baudelaire. Em seu lugar, ele erige a sugestão como princípio da verdadeira arte. Afinal, como o mundo criado reservadamente pelo artista iria manifestar-se se não por sinais, por brechas que deixam apenas adivinhar a coesão do todo invisível para além do muro?
Exposição no museu parisiense Cognacq-Jay lança luz sobre a importância de Veneza para a pintura de gênero.
Os ensaios de Montaigne anunciam não apenas a época do indivíduo, mas o regime da palavra livre e da discussão de tudo por muitos.
No social-liberalismo do 'En Marche!' o Estado é um ente central que capitaliza as forças vivas da sociedade; mas não é mais o seu guardião por excelência.
Para o autor de O liberalismo antigo e moderno, não haveria contradição fundamental entre uma sociedade liberal e um Estado com função social.
A imigração de massa, consenso em que se encontravam os liberalismos de esquerda e de direita, ameaça dinamitar a República do Centro que governou a França até agora.
O livro Coming Apart, the State of White America, 1960-2010 (2012), do cientista político conservador Charles Murray, prenuncia a rebelião das massas a que estamos assistindo.
O destino intelectual de Francis Fukuyama deve conter penas e prazeres em igual medida. Lançar uma tese (“O fim da História”) que, achatada em slogan, define uma época; cruzar o globo palestrando; ser resenhado por veículos que contam – eis o sonho do intelectual público.