Cinemateca Brasileira exibe filmes lançados em 1974

Uma sessão ao ar livre de "O Jovem Frankenstein", de Mel Brooks, abre a programação, que inclui a exibição de 52 filmes nacionais e internacionais.

Não é sempre que temos acesso a uma programação de cinema, um verdadeiro festival, em que  podemos ver, na tela grande, filmes de Visconti, Bergman, Murnau, Clair, Buñuel, Coppola, Polanski, Herzog, Scorcese, Wenders, Scola, Risi, Kiarostami, Cassavetes, Peckinpah e dos brasileiros Joaquim Pedro de Andrade, Walter Hugo Khouri, Arthur Omar, Jorge Bodanski, Eduardo Escorel, Carlos Coimbra, Ody Fraga  e José Mojica Marins. Obras que têm em comum o fato de serem filmes marcantes de 1974

Mais uma vez com a curadoria de Paulo Sacramento, a Cinemateca Brasileira promove a terceira edição da mostra 50 anos depois. Até 29 de setembro, serão exibidos 52 filmes lançados em 1974, entre longas e curtas-metragens. São 28 títulos estrangeiros e 24 brasileiros. 

O Jovem Frankenstein, de Mel Brooks.

A abertura da mostra será nesta quinta-feira, 19 de setembro, às 18h30, com uma sessão ao ar livre do filme O Jovem Frankenstein, de Mel Brooks. Como nas edições dedicadas a 1972 e 1973, as sessões têm exibição de trailers e cinejornais da época. Há também a distribuição gratuita e limitada de um catálogo, além de exposição de cartazes no foyer da Sala Grande Otelo.

A proposta da curadoria é reunir obras que melhor expressam a diversidade cinematográfica corrente naquele ano. Com uma variedade não apenas de gêneros cinematográficos, mas também de abordagens estéticas, a ideia é contemplar um público com diferentes interesses.

A Mostra Brasil, por exemplo, reúne 15 longas-metragens e 9 curtas. Será possível ver (e rever) títulos como  O Signo de Escorpião, de Carlos Coimbra, que ganhou uma remasterização 4k especialmente produzida para a mostra. Outros dois filmes vão ter exibição com acessibilidade em Libras, audiodescrição e legendas descritivas: Exorcismo Negro, de José Mojica Marins, e Guerra Conjugal, de Joaquim Pedro de Andrade.

Vale destacar que a seleção de filmes nacionais também conta com novas cópias em película 35mm que foram fotoquimicamente duplicadas para a mostra. É o caso de Caçada Sangrenta, de Ozualdo Candeias, e de Adultério — As Regras do Jogo, de Ody Fraga.

O Poderoso Chefão 2, de Francis Ford Coppola.

Já a Mostra Internacional selecionou filmes de grande visibilidade e, principalmente  relevância para a história do cinema. Entre eles, O Poderoso Chefão 2, de Francis Ford Coppola; Corações e Mentes, de Peter Davis; Cenas de um Casamento, de Ingmar Bergman; O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper; O Enigma de Kaspar Hauser, de Werner Herzog; e Chinatown, de Roman Polanski.  Em versões restauradas, serão exibidos, entre outros, Perfume de Mulher, de Dino Risi, e O Porteiro da Noite, de Liliana Cavani.

A boa nova da mostra deste ano é a Sessão 100 Anos Depois, comemorando o centenário de dois filmes: Entreato, de René Clair, e A Última Gargalhada, de F.W. Murnau.

Outra atração é uma conversa com o cineasta, fotógrafo e roteirista Jorge Bodanzky, no dia 28 de setembro, com acessibilidade em Libras e transmissão ao vivo pelo canal da Cinemateca no YouTube.

A programação é gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes de cada sessão. Para a área externa, não há distribuição de ingressos, mas a entrada está sujeita à lotação do espaço.

Confira a programação completa no site da Cinemateca.

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