Por Erick Estrada
O mexicano-argentino “El prófugo”, exibido na Berlinale 2020, é um filme de suspense. Se nos aventurarmos mais, podemos afirmar até que se trata de um suspense de sentimentos
As razões são várias: em primeiro lugar, é a história de Inés, uma atriz de dublagens, alguém que deve entregar algo de sua alma às personagens às quais empresta sua voz. Em segundo lugar, é a história da própria Inés, também uma mulher que está tentando dar sentido à sua vida e ouve lhe dizerem que isso é “normal”. Depois de uma tragédia que a deixa destruída, ela tem a possibilidade de refazer sua vida saindo “das regras”.
Estamos frente a uma história que aplaude justamente quem, para viver, é obrigada a transitar entre realidades e ficções. É a mesma pessoa que, depois do trauma que a golpeia, tenta alcançar seu sonho de amor, felicidade e tranquilidade explorando as fronteiras entre os pesadelos e os sonhos. Nessa fissura, a diretora Natalia Meta, que também assina o roteiro, elabora essa busca da felicidade apenas com os elementos visuais suficientes para submergirmos na intriga sem proporcionar desespero.
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