A busca pela felicidade: algumas lições da filosofia grega

Sócrates, Platão e Aristóteles, cada qual a seu modo, concebiam a filosofia como um modo de levarmos nossas vidas, uma maneira de ser e de estar no mundo que exigia dos indivíduos um compromisso inviolável com a busca pelo conhecimento.

por Eduardo Wolf

Quando falamos em filosofia, quase sempre associamos o termo a uma disciplina acadêmica de estudos mais ou menos rigorosos e delimitados por um grupo de pessoas com interesses intelectuais comuns. Estuda-se a história do pensamento do filósofo A ou B, o problema x segundo o filósofo C, esse tipo de coisa. No entanto, se recuarmos às origens da noção mesma de filosofia, na Grécia Antiga, veremos que os gregos que cunharam o termo e, sobretudo, aqueles que deram forma a essa atividade milenar, tinham outra compreensão.

Platão e Aristóteles retratados por Rafael Sanzio na “Escola de Atenas”

Sócrates, Platão e Aristóteles, cada qual a seu modo, concebiam a filosofia como um modo de levarmos nossas vidas, uma maneira de ser e de estar no mundo que exigia dos indivíduos um compromisso inviolável com a busca pelo conhecimento. E, como procurei explicar neste vídeo no canal de YouTube da Casa do Saber, era apenas esse modo de vida que levava os indivíduos à plena realização de sua natureza.

Quão distantes estamos nós, hoje, da ideia segundo a qual a busca pela sabedoria é uma forma suprema de realização da nossa vida pessoal? Quão estranha não nos parecerá, hoje, a ideia de que a felicidade requer uma vida dedicada ao conhecimento? Voltarei ao assunto em outros vídeos e textos.

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