por Leandro Oliveira
A cena clássica internacional celebrou a criação da Academia Barenboim-Said, batizada a partir do maestro israelense Daniel Barenboim e do intelectual palestino Edward Said.
Sediada no coração histórico de Berlim, a Academia tem o privilégio de apresentar-se em uma nova sala de concertos, projetado pro bono por Frank Gehry. Seu nome: Sala Pierre Boulez. Para este primeiro ano de atividades, a Academia conta com quarenta alunos de música clássica, filosofia e artes.
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Há dois anos a Orchestra Festival de Budapeste, dirigida por Ivan Fischer, lançou-se no projeto de uma turnê por sinagogas abandonadas em cidades e vilarejos húngaros. Sua ideia: trazer música e vida a estes prédios deveria “honrar a memória das comunidades judias aniquiladas… e atuar para diminuir o preconceito ao contar a história de como cristãos e judeus coexistiram pacificamente nestes lugares”. No último dia 01 de dezembro, um concerto beneficente à causa foi organizado na bela sinagoga da Rua Dohány, em Budapeste, que conta com a capacidade de 2700 pessoas. Daniel Barenboim foi o solista no terceiro concerto para piano de Beethoven.
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Bob Dylan não foi à entrega do Prêmio Nobel de Literatura. Em seu lugar, Patti Smith foi enviada, e executou um arranjo do clássico “A Hard Rain’s A-Gonna Fall.” Num dado momento ela simplesmente esquece o verso – algo não difícil haja vista a complexidade do texto – e interrompe a apresentação pedindo desculpas. “Peço perdão, estou tão nervosa… podemos começar deste trecho novamente?” Mesmo o mais experiente dos artistas pode ser pego pelos nervos. O vídeo viralizou nos meios musicais de todo mundo. É comovente.