por Leandro Oliveira
Para os fãs de cinema documental, filmes experimentais e filmes históricos, uma oportunidade única nesta quinta-feira é a da exibição de “EsteroEnsaios São Paulo”, de Jane de Almeida. Filmado em 3D com tecnologia de câmeras 4K (super-alta-definição), o filme dialoga com a rica produção de filmes da era silenciosa do cinema, que retratavam metrópoles em crescimento e nos deixou obras-primas como “Études sur Paris” (1928) do cineasta francês André Sauvage, “Berlin, Symphonie einer Großstadt” (1927) de Walter Ruttman e – sobretudo – “São Paulo, Sinfonia da Metrópole” (1929) de Adalberto Kemeny e Rudolf Lustig.
A trilha sonora foi composta por Lívio Tragtenberg e será apresentada ao vivo, acompanhando não apenas o curta-metragem em 3D mas o próprio “São Paulo, Sinfonia da Metrópole” – a orquestra, sob direção do criador, Lívio Tragtenberg, é composta por músicos de rua.
A exibição de “EsteroEnsaios São Paulo” e “São Paulo, Sinfonia da Metrópole” acontece hoje, no dia 18 de janeiro, às 19h no CineSesc (Rua Augusta,2075).
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Em 2015, a Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, destinou parte de sua programação a eventos no horário do almoço ou final do dia – pensado para as folgas de expediente para quem, trabalhando por perto, quisesse ouvir um pouco de música clássica. Ali, o pianista Giulio Draghi apresentou em dois dias, 21 e 28 de janeiro, nada menos que os “24 Estudos” de Frederic Chopin.
Completados dois anos do projeto, o tour de force – feito no Brasil apenas por poucos, como Guiomar Novaes, Fernando Lopes e Nelson Freire – ganha finalmente sua versão em vídeo, gravada à ocasião do evento. Com distribuição ainda restrita (o projeto não teve apoio de leis de incentivo ou selos comerciais), ele poderá em breve ser encontrado na loja Arlequim, especializada em música clássica.
Giulio Draghi é pianista e professor de piano na Escola de Música da UFRJ, com títulos e performances em vários lugares do mundo, sobretudo EUA e Canadá.
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O Gilmore Artist Award foi concedido ao pianista russo Igor Levit, O prêmio de prestígio tem um histórico de honrar alguns dos pianistas mais brilhantes e interessantes de nosso tempo e, concedidos a cada quatro anos, já teve por vencedores, Leif Ove Andsnes (1998), Piotr Anderszewski (2002), Rafa? Blechacz (2014), Kirill Gerstein (2010) e Ingrid Fliter (2006).
Levit, que já esteve no Brasil em 2006 acompanhando o violinista Maxim Vengerov, retornará na Temporada 2018 a São Paulo para um recital Beethoven no dia 28 de setembro, e três performances do primeiro concerto para piano de Brahms, com a Osesp, nos dias 20, 21 e 22 do mesmo mês.