Melancolia

Entrevista com Ivan Frias, Lilian Wurzba e Rodrigo Petronio.

Em mais uma entrevista para a série Café Filosófico, o Estado da Arte explora a história cultural da melancolia com Ivan Frias: pós-doutor em Historia da Filosofia pela Universidade de Nantes na França, médico, e autor de Doença do Corpo, Doença da Alma – medicina e filosofia na Grécia Clássica; Lilian Wurzba: professora doutora do Instituto Junguiano e autora de Natureza irreal ou fantástica realidade? Reflexões sobre a melancolia religiosa e suas expressões simbólicas na obra de Hironymus Bosch Rodrigo Petronio: doutor em Literatura Comparada (UERJ), escritor, filósofo e professor titular da Fundação Armando Alvares Penteado.

Ao celebrar a Responsabilidade ao longo de 2018, o Café Filosófico tangenciou diversas vezes em seus encontros o tema da melancolia, seja quando o professor Franklin Leopoldo Silva problematizou, no ciclo Novos Horizontes da Responsabilidade, “o modelo subjetivista e individualista que triunfou na modernidade” (com o corolário da massificação da melancolia ou, em termos contemporâneos, “depressão”), seja ao longo do ciclo Pílulas e Palavras, quando se discutiu o modo como “as angústias, conflitos e sintomas da vida moderna se corporificam em posturas, hábitos , gestos e somatizações” (Claudio Mello Wagner), ou quando se tentou, enfim, responder à pergunta: “O que podem a psiquiatria, a psicanálise e as psicoterapias, com suas pílulas e palavras, fazer por quem vive se debatendo com os sintomas da modernidade?” (Alfredo Simonetti).

Estas discussões vêm se juntar a uma série de esforços do Café Filosófico para abordar este fenômeno tão antigo e tão presente. Além de Ciclos como O circuito dos afetos (2015); Mal-Estar, sofrimento e diagnóstico; O sofrimento humano nos tempos atuais (2014); e Encarando a dor (2013), o Instituto dedicou em 2016 um ciclo inteiro exatamente a este problema, Melancolia na Vida Cotidiana, com palestras de Julieta Jerusalinsky (“Melancolia na infância“), Ermínia Maricato (“Melancolia na desigualdade urbana“) e Vladimir Safatle (“Melancolia e Poder“).

O Estado da Arte faz a sua contribuição, com uma discussão sobre a história da melancolia.

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