No Estado da Arte, o verbete dedicado a Platão na Stanford Encyclopedia of Philosophy. Tradução de Fernanda Pio, revisão de Gabriele Cornelli.
Por Desidério Murcho, um ensaio sobre a metafísica, palavra de acidente histórico — sobre aquilo que é e como é.
A Editora Odysseus acaba de lançar Ethica Nicomachea - III.9 - IV.15 - As Virtudes Morais. Trata-se do terceiro livro publicado por Marco Zingano, professor titular do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, na coleção Obras Comentadas, dedicada à tradução, estudo e comentário de obras clássicas da filosofia grega. Desde 2008, o professor Zingano vem se dedicando ao projeto da tradução e comentário integral da Ethica Nicomachea, tendo publicado, inicialmente, Ethica Nicomachea I.13-III.8 - Tratado da Virtude Moral e, mais recentemente, em 2017, Ethica Nicomachea V.1-15 - Tratado da Justiça. O Estado da Arte tem o prazer de publicar a tradução do capítulo 11 do quarto livro do tratado aristotélico — o capítulo dedicado à virtude da tolerância — seguido do comentário de Zingano.
Um ensaio do Prof. Denis Coitinho sobre as ações afirmativas, entre argumentos e objeções, à luz de uma noção de identidade coletiva e responsabilidade moral. “No momento que melhor compreendermos os aspectos sociais da agência humana, bem como a influência das circunstâncias sociais, políticas e econômicas e até mesmo a influência dos elementos aleatórios para o sucesso, mais facilmente poderemos reconhecer as injustiças estruturais que são bastante presentes em nossas sociedades.”
Em tempos de confusão entre os tipos de argumentos que permitem uma avaliação crítica e moral de fatos históricos, Filipe Campello articula uma defesa da filosofia, tão deixada de lado em debates recentes.
"Precisamos abandonar uma visão essencialista da história, de pretender que o passado traga em si respostas para o futuro, e assim poder encontrar na filosofia a possibilidade de abrir novas perspectivas e novos vocabulários para alargamento de nossa imaginação política. Apesar de suas contradições, é isso que vejo como estimulante no que chamo de aposta liberal: assumir de maneira incontornável o conflito próprio da pluralidade de visões de mundo. Esse é um tipo de postura que inclusive permite a crítica interna aos efeitos colaterais das ideais liberais sem precisar recorrer às mesmas imagens do passado."
Trazemos hoje, no Estado da Arte, ‘A recriação da filosofia a partir do cinema’ — um ensaio de Jônadas Techio e Flavio Williges que serve de introdução à antologia Filosofia e Cinema, disponível gratuitamente no espaço da Série de Livros Eletrônicos do Departamento de Filosofia da UFPEL. Confira o ensaio e o link ao livro no post.
"Se o livre-arbítrio for uma ilusão, não há decisões genuínas, nem verdadeira deliberação, nem controlo propriamente dito." Um ensaio do Prof. Desidério Murcho sobre o problema do livre-arbítrio — ou melhor, três problemas diferentes, e não um apenas.
Seria possível imaginar alguém que é imprudente, covarde, intemperante e injusto tendo uma vida bem-sucedida? Denis Coitinho escreve sobre a importância das virtudes, e também seus limites.
Por ironia do destino, argumentos semelhantes aos que Agamben apresenta em recentes textos — cerceamento de liberdade, aumento de vigilância, legitimação de um Estado de exceção — passariam a ser encontrados também nas reações da ultradireita diante das medidas de isolamento social e lockdown. De onde fala a filosofia?