Falando de Música: Um ensaio do Maestro Leandro Oliveira sobre o espírito de permanente criação e investigação que anima a Filarmônica de Minas Gerais na realização da Maratona Beethoven.
“Ao contra?rio do que pensamos intuitivamente, como algo a registrar o concerto, as câmeras veiculam um mundo fantástico e irreal: na televisão ou nas telas de computadores e celulares, o que as novas plateias da Filarmônica de Minas Gerais veem são um concerto ‘sonhado’, a intuição compartilhada de um diretor e toda sua equipe de transmissão que substitui a realidade presencial de um ponto fixo da cadeira na sala de concerto.”
Notas pessoais do Maestro Leandro Oliveira sobre quando — sobre como — as "fake news" atingem também o mundo da música.
Para as instituições culturais nacionais, cujo modelo de financiamento as protege da ausência do público, qualquer que seja o tempo de solução da crise, os efeitos se perpetuarão nas temporadas 2021/2022.
As operações digitais são já uma realidade no mundo internacionalizado da música clássica. A atual crise sanitária apenas nos faz lembrar daquilo que era, de outro modo, inevitável.
Os agentes do mercado cultural seguem apreensivos quanto às limitações evidentes impostas pela provável nova realidade dos próximos anos. Nenhuma solução de curto prazo deverá prescindir de um planejamento, a médio e longo prazo, no qual criatividade e capacidade de reinvenção devem ser a nova tônica.
A temporada 2020 apresentada por três entre as mais maduras instituições do país demonstram um ano auspicioso para os amantes de música clássica.
No dia 17 de novembro de 1926, Mário de Andrade realizou, no Theatro Municipal de São Paulo, uma conferência chamada “Festival Nazareth”. Com presença do próprio compositor, Mário de Andrade apresentou a tese de que o compositor carioca era digno de ombrear com os clássicos.
A qualidade de mistério e a atmosfera de quietude, que o quadro "A Ilha dos mortos" de Arnold Böcklin evoca, lançam um verdadeiro feitiço nas gerações subsequentes de artistas, músicos, escritores e cineastas.
No universo da interpretação do repertório concertante de Rachmaninoff, temos hoje o privilégio de contar com fontes primárias especialíssimas que são as gravações realizadas pelo próprio compositor. Nesse sentido, as gravações de Rachmaninoff são a encarnação ideal "prática de performance historicamente orientada". Será?