Só é possível pensarmos em passagens de épocas e mudanças da História quando nosso incômodo com a realidade concreta é suficiente para questionarmos nossos valores e projeções mais abstratos. Só é bom entendedor quem entende o que veio antes.
Os cem anos que separam a Independência do Brasil da Semana de Arte Moderna de 1922 podem servir de inspiração para refletirmos sobre o século ou mesmo os dois séculos que se encerrarão em 2022.
Há uma vasta e consagrada literatura sobre o fenômeno e a importância das cidades ao longo da História. A lista é longa e variada o suficiente para poder ser subdividida em um sem número de classificações e estilos. Impossível ou além do escopo tentar classificar todos eles, mas é justo que alguns nomes e títulos sejam lembrados.
A Independência do Brasil e suas turbulências revelaram as abordagens e dilemas que marcariam boa parte de nossa História e de nossos problemas.
Entre os tantos obstáculos enfrentados por aqueles que se debruçam sobre a História, há um, recorrente, que nos remete à dificuldade de estabelecermos um ponto de partida que justifique e dê sentido à trajetória que queremos reconstruir.
No encontro, Burke e Camus debateriam quais seriam os valores universais ameaçados pela lógica criminosa dos jacobinos e dos stalinistas.
Em "História da Inglaterra", o filósofo escocês David Hume apresentar uma ampla interpretação da gênese britânica, do Império Romano até a Revolução Gloriosa de 1688.
Prestes a completar 130 anos, a República brasileira ainda sofre para equilibrar as tendências regionalista e centralizadora.
Contrariando o senso comum, o novo livro do economista indiano Raghuram Rajan apresenta a globalização não como ameaça aos costumes locais, mas como um caminho para a liberdade.