"Quase todo o conhecimento — todo, quando se sai do aqui-e-agora — depende do conhecimento de outras pessoas. Além disso, mesmo no caso dos métodos de prova lógico-matemáticos, a procura alheia de erros é fundamental. Devido a estas duas razões, é de importância capital compreender os argumentos de autoridade." Um ensaio do filósofo Desidério Murcho.
Não há razão, não arbitrária, para limitar nossa simpatia moral para com os animais. E mais do que limitar, não há razão para não se constituírem alvos de nossa considerabilidade moral. É nosso dever manter uma relação ética com os animais.
Agora, mais do que nunca, em meio à pandemia da COVID-19, precisamos das virtudes e dos esclarecimentos (insights) que a ética das virtudes nos oferece. Um ensaio de Julian C. Hughes, traduzido por Adriano Bechara, João Cortese e Marcos Paulo de Lucca Silveira (Núcleo de Bioética da Fundação José Luiz Egydio Setúbal).
O debate público, amplo e coletivo de ideias pode ser um bom antídoto em um ambiente moral envenenado. A partir das reflexões de Simon Blackburn e Michael Sandel, é a sugestão de Lauren de Lacerda Nunes.
As reflexões de George Steiner sobre a universidade, sobre quando as humanidades não humanizam, sobre algumas reformas possíveis quando "os fundamentos ontológicos dos estudos filosóficos, literários e históricos são rompidos". Uma parceria entre o Estado da Arte e o Nexus Instituut.
"O grave momento em que vive a humanidade por conta da pandemia da COVID-19 tem servido para explicitar não apenas as deficiências de infraestrutura dos países, mas também certa pobreza do debate." Gabriel Ferreira fala sobre a ciência entre duas ameaças.
Inaugurando a parceria institucional celebrada entre o Estado da Arte e o Nexus Instituut, uma conversa com Rob Riemen. sobre cultura, sobre educação moral, sobre a tradição humanista na Europa; sobre Thomas Mann e Albert Camus, sobre nosso tempo, sobre o fascismo, sobre o fascismo em nosso tempo, sobre os livros que Rob Riemen recomenda para que possamos fazer sentido disso tudo.
Em termos jurídicos, o relativismo é inimigo da autonomia do Direito e da própria democracia. Gadamer deu uma enorme contribuição para um novo tipo de hermenêutica jurídica. A filosofia que brotou de sua obra inundou o Direito e contribuiu sobremodo para limpar a falsa imagem de irracionalidade que a prática jurídica tinha em relação a uma certa epistemologia moderna. A hermenêutica veio para ficar, exatamente, porque é esse intermédio filosófico entre o objetivismo e o subjetivismo.
Seria possível imaginar alguém que é imprudente, covarde, intemperante e injusto tendo uma vida bem-sucedida? Denis Coitinho escreve sobre a importância das virtudes, e também seus limites.