Experimente trocar o espelho. Talvez enxerguemos que Bolsonaro deu face — de maneira caricatural, pois radicalizada e bufa — a uma longa trajetória que, na ânsia de contarmos uma história em detrimento de outra, tenhamos simplesmente esquecido que existia. A História como presente, e com nuances, por Vinícius Müller.
60 anos após o julgamento de Adolf Eichmann, um ensaio de Rafael Kruchin sobre o mal que se dissemina como um fungo pela superfície.
50 anos depois, a extraordinária e paradoxal experiência chilena de Salvador Allende, num ensaio do Prof. Alberto Aggio — sobre como “o tempo da revolução é incompatível com o tempo da política”. Em parceria com o Horizontes Democráticos.
“Uma aliança entre o Congresso, os governadores e os militares dissidentes sob a liderança de Floriano foi o tripé sobre o qual se impediu o autogolpe de Deodoro e, por consequência, se garantiu a Constituição de 1891. Em um amplo exercício histórico, mas com pouco rigor metodológico, a oportunidade de uma nova aliança entre grupos análogos está dada no Brasil”. A História como presente, por Vinícius Müller.
“Você sabe quem é este aqui?” Diretamente da Rússia, Astier Basílio articula as várias facetas do Mikhail Sergeevitch Gorbachev, o homem da Perestroika, em cuja aldeia natal erguem-se hoje monumentos a Lenin.
Sobre culpa e perdão, sobre responsabilidade moral e reconciliação, sobre a possível justiça pública compartilhada num futuro pretérito. Em meio a celebrações da ditadura militar brasileira, um ensaio de Juliana Fonseca Pontes que insiste na memória.
Não se encontra os limites do espírito humano. Por Augusto de Carvalho, um ensaio sobre os problemas filosóficos da historicidade, princípio elementar da modernidade, e a vida infinita das ideias.
A ‘pedra no caminho’ de Bolsonaro já está no meio da sala. O irônico é que por ser aquele que, para parte significativa da população, é o que de mais medieval podemos ter, Bolsonaro se complica por insistir numa divisão que a leitura do medievalista Jacques Le Goff já nos contou ser imprudente.
Se exilar de si mesmo é o único itinerário para a morada prometida? Por Rafael Baliardo, a Nova Holanda revisitada: Arrancados da Terra, de Lira Neto, e a diáspora triangular dos sefaraditas. “Regresso e digo, o que será de mim?”