
Rios que se abrem na literatura brasileira
Escritos por duas autoras negras — uma gaúcha e outra baiana —, romances vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura em 2024 criam novas formas de animar as geografias e histórias do País.
Escritos por duas autoras negras — uma gaúcha e outra baiana —, romances vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura em 2024 criam novas formas de animar as geografias e histórias do País.
Há quem diga que o número 13 dá azar. Outros, que é sinal de sorte. Na numerologia, ele está relacionado ao final de um ciclo. No 13º. e último capítulo da segunda parte da série, José se questiona a respeito do riso.
Assim como Faulkner, a autora resolveu correr o risco de não apresentar soluções fáceis, e seu grande trunfo é contar uma história sem o menor traço de panfletarismo, deixando que a trama e sua complexa rede de personagens falem por si mesmas.
No capítulo 12, passando pelo filme "Vermelho como o céu" (2006), do italiano Cristiano Bortone, e pelo conto “Paul Bereyter”, segunda das quatro narrativas longas de "Os emigrantes" (1992), de W. G. Sebald, José e o narrador refletem sobre as tristes imagens de dois mestres inovadores em contextos reacionários.
Celebrado por Euclides da Cunha e Mário de Andrade, ele publicou seus versos em livros como "Rosa, Rosa de amor" e "Poemas e canções". Agora, sua produção volta a ganhar luz em coletânea organizada por Flavio Viegas Amoreira.
No romance do autor português, encontramos uma involuntária e oblíqua leitura interpretativa de nosso país — não do Brasil oitocentista, que talvez não distinguiríamos tanto assim de Portugal, mas do Brasil atual.
Retomando "Sociedade dos poetas mortos" (1989) e passando por "Pai patrão" (1977), dos irmãos Vittorio e Paolo Taviani, o décimo primeiro capítulo da série enfoca "A língua das mariposas" (1999), de José Luis Cuerda, explorando, a partir das anotações de um dos cadernos de José, suas estreitas relações com "Machuca" (2004), de Andrés Wood.
Humanista quando trata dos traumáticos eventos que testemunhou, o autor italiano testa, com a dedicação de um químico, os limites desse humanismo na sua prosa curta de ficção científica.
Desta vez, acompanhamos as anotações deixadas por José sobre dois professores e a esposa de um ex-professor, os brilhantes protagonistas de três filmes que se passam em ambientes repressores: Sr. Keating, de "Sociedade dos Poetas Mortos" (1989); Katherine Watson, de "O Sorriso de Mona Lisa" (2003); e Joan Castleman, de "A esposa" (2017).