Os agentes do mercado cultural seguem apreensivos quanto às limitações evidentes impostas pela provável nova realidade dos próximos anos. Nenhuma solução de curto prazo deverá prescindir de um planejamento, a médio e longo prazo, no qual criatividade e capacidade de reinvenção devem ser a nova tônica.
Somente a compreensão da simbiose de criatividade e mistério revela o poder – tão oculto quanto significativo – que provém da música, notadamente aquela universal e atemporal, que teve no Silfo mestre do piano – Chopin – o seu mais digno e expressivo representante.
Vejo a atual onda de streamings gratuitos como um efeito colateral positivo da atual crise sanitária. Resisto a me colocar ao lado daqueles que entendem a situação em termos melancólicos.
A temporada 2020 apresentada por três entre as mais maduras instituições do país demonstram um ano auspicioso para os amantes de música clássica.
É notável e estimulante quando a música de Nazareth é compreendida nos seus próprios termos e não tomada como um exemplar exótico e distante do universo autorreflexivo da produção contemporânea europeia.
No dia 17 de novembro de 1926, Mário de Andrade realizou, no Theatro Municipal de São Paulo, uma conferência chamada “Festival Nazareth”. Com presença do próprio compositor, Mário de Andrade apresentou a tese de que o compositor carioca era digno de ombrear com os clássicos.
A qualidade de mistério e a atmosfera de quietude, que o quadro "A Ilha dos mortos" de Arnold Böcklin evoca, lançam um verdadeiro feitiço nas gerações subsequentes de artistas, músicos, escritores e cineastas.
No universo da interpretação do repertório concertante de Rachmaninoff, temos hoje o privilégio de contar com fontes primárias especialíssimas que são as gravações realizadas pelo próprio compositor. Nesse sentido, as gravações de Rachmaninoff são a encarnação ideal "prática de performance historicamente orientada". Será?
O maestro Leandro Oliveira comenta o catálogo da editora Fayard e promove o curso "O Som das Imagens"