No livro "What Happened", Hillary conta a sua história e não perdoa ninguém, nem ela mesma.
Não, não está tudo acabado com a eleição do novo presidente americano. Tal afirmação reside numa confusão analítica entre causa e efeito. O presidente eleito é apenas um efeito. As causas já há tempos estavam em andamento — e não deixariam de existir no caso de uma vitória da candidata democrata.
À certa altura do documentário “Pobreza S.A.” o vocalista Bono Vox afirma que o livre mercado faz mais para tirar as pessoas da pobreza do que a ajuda humanitária. No entanto, continua Bono, “precisamos ajudar cada vez mais”. Essa contradição está no centro daquilo que o filme produzido pelo think tank Acton Institute chama de “indústria da pobreza”.
Para o bem da honestidade intelectual, importa deixar claras as premissas a partir das quais escrevo estas notas: se americano fosse, eu não teria saído de casa. Em primeiro lugar, advogo o voto facultativo.
Donald Trump deu um tapa na cara de todo mundo. Até ontem, muitas pesquisas e análises apontavam o grande favoritismo de Hillary Clinton. Mas ele venceu.