Em Proust, ciência e arte se integram em uma crítica expansiva, em um diálogo vital para a compreensão dos espaços e dos amores, dos afetos, na obra.
"Acre" é o romance em que ficamos esperando o momento de ver tudo ruir.
Passamos um terço de nossas vidas dormindo e não sabemos muito bem por quê.
Tratar de literatura contemporânea é o mesmo que especializar-se em tornados, furacões, ciclones extratropicais: a aproximação, necessária, requer um rigor absurdo ou o sujeito também vai pros ares junto com a casa, com a vaquinha, com a cerquinha, com as árvores, no meio do Arkansas.
"A senhorita Albertine foi-se embora." Ao serem pronunciadas, essas palavras produzem um sofrimento tal que bastaria trocar o nome dela pelo do nosso amor para nos darmos conta de que um sentimento outrora tão banal é simplesmente toda a nossa vida.