Política

Deus ex machina

De tanto procurar por Deus, sempre encontramos algum profeta. “Para cada ação, há uma pregação. Para cada fracasso, uma conspiração. Para cada heresia, uma punição.” Ao fim do dia, porém, o rei está nu e o milagre é uma eterna promessa. Será então que nossos suplícios são temporários ou temos um futuro enclausurado pelo passado? Deus ex machina, por Roger Laureano.

Por que Maduro ainda não caiu

O regime de Nicolás Maduro poderia ter resistido por um tempo, mas sua sobrevivência após sete anos impressiona. Como ele conseguiu se manter no poder? Em parceria com a Fundação FHC, um ensaio de Javier Corrales sobre a situação na Venezuela.

Antipolítica como projeto

“Chamem-no de homofóbico, racista, misógino — só não podem chamá-lo de corrupto”. Por Pedro Augusto Pinto, uma análise da evolução de algumas constantes discursivas que acompanharam, na última década, a gestação e o desenlace de uma crise que implicou não a superação de suas causas estruturais, mas, pelo contrário, justamente o seu reforço.

O Chile e seu desafio constitucional

"A aprovação do plebiscito chileno em favor da convocação de uma Constituinte exclusiva tem duas facetas. Por um lado, foi uma manifestação da soberania do povo chileno. Por outro, faz sentido alterar as regras de funcionamento da sociedade chilena num período de pandemia, de crise econômica e de tendência de esvaziamento da própria ideia de soberania?" Por José Eduardo Faria, uma reflexão sobre o Chile e seu desafio constitucional.

Lições para um chamado da liberdade

Em tempos de populismo iliberal, antipluralista e autoritário, "a defesa da democracia liberal exige o exercício concreto de seus princípios: a capacidade reflexiva, a consciência de que nossa tribo está sempre longe da perfeição, a coexistência pacífica, o amor à diversidade humana." Por Mano Ferreira, uma (auto)crítica liberal — e as lições para um chamado da liberdade.

José Eduardo Faria: Vacina, ciência e democracia

"Ao afirmar que a vacina contra a Covid-19 não é obrigatória e ao rejeitar num contexto de emergência vacinas chinesas, por razões políticas e ideológicas, o presidente da República mais uma vez mostrou o tamanho da simbiose entre ignorância e arrogância que sempre o caracterizou. Com a rejeição à obrigatoriedade da vacina e a aversão à 'vacina chinesa', contudo, ele conseguiu, paradoxalmente, chamar a atenção para a importância do saber científico." Um ensaio do Prof. José Eduardo Faria sobre vacina, ciência e democracia.