Política

Blaise Pascal e o pessimismo político

Do ponto de vista de Pascal, é um erro acreditar que os Estados surgiram como uma decorrência espontânea de nossa pretensa sociabilidade — como quer Grotius — ou, ainda, como o fruto de um pacto voluntário e racional celebrado por um grupo de indivíduos - como gostaria Hobbes. Desmistifiquemos a origem dos corpos políticos: os Estados são filhos do combate, da conquista e da consequente subjugação dos vencidos.

José Eduardo Faria: Os “casos difíceis” e a instabilidade regulatória

Em fases de crise, a interpretação das regras e princípios jurídicos é sobrecarregada por incertezas e contingências. De que modo interpretar acontecimentos e conflitos que provocam perturbações e rupturas na ordem social, econômica, legal? Como podem os juízes, cuja formação foi concebida para atuar em tempos normais, lidar com o instável e o indeterminado?

Sequestro de símbolos

A dimensão simbólica da vida, nos ensinam humanidades da semiologia à ciência política, importa. Quais símbolos se associam a quem, é elemento estruturante de qualquer processo político.

A ordem liberal na encruzilhada

Enquanto o Ocidente assiste ao enfraquecimento do multilateralismo, Estados iliberais usam as potencialidades do mecanismo de cooperação para buscar alcançar seus interesses particulares. Por ser um conceito descritivo e não normativo, o multilateralismo pode ser instrumentalizado para servir a propósitos da política do poder.