O livro Coming Apart, the State of White America, 1960-2010 (2012), do cientista político conservador Charles Murray, prenuncia a rebelião das massas a que estamos assistindo.
O destino intelectual de Francis Fukuyama deve conter penas e prazeres em igual medida. Lançar uma tese (“O fim da História”) que, achatada em slogan, define uma época; cruzar o globo palestrando; ser resenhado por veículos que contam – eis o sonho do intelectual público.
A escolha de ministros para o Supremo Tribunal Federal, via de regra, gera polêmica. A questão que sempre se levanta é se a pessoa indicada tem perfil técnico ou político.
A sociedade contemporânea é marcada por divergências políticas profundas, que dizem respeito a questões fundamentais, como identidade, comunidade, autonomia, igualdade, questões de vida e de morte.
Dito prontamente: a democracia é o grande dogma da nossa época. Encerramos debates afirmando que a proposta concorrente não seria democrática. Justificamos a legitimidade de qualquer decisão dizendo que ela foi tomada democraticamente.
O caminho para resolver os problemas que assolam o país passa, irremediavelmente, pela liberdade.
As agitações políticas e sociais que estremeceram o Brasil nos últimos anos – desde 2013, ao menos, há gente em número significativo nas ruas – deram ao país ao menos uma grande oportunidade. Trata-se da chance de se interrogar a fundo sobre a Nação que temos, aquela que queremos ter e os possíveis caminhos para lá chegar.