A literatura é uma das instâncias que refaz ou constrói uma ponte entre o processo temporal e a individualidade humana.
Existem sentenças que, por mais citadas e desgastadas, ainda preservam certa potência profética, como as lendárias sementes dos túmulos dos faraós, dentro das quais a vitalidade aguarda resignadamente seu florescimento.
Jorge Luís Borges, com seu habitual chamado à ideia de que a humanidade é sempre a mesma, em cada uma de suas células vitais - a criatura humana -, escreveu no poema "Tu"
O conto – assim como as opiniões nuançadas, as amizades apartidárias, a lógica aristotélica, o uso da vírgula no vocativo... – é uma das vítimas levianamente sacrificadas em certos altares do gosto contemporâneo.
Quando se é professor, não poucas vezes os alunos aparecem com perguntas que nem séculos de magistério seriam capazes de responder.
Conforme nos garante a sabedoria vernácula, não há nada mais sem graça do que explicar uma piada. E tanto menor será a graça quanto mais minuciosa for a explicação; sob esse ponto de vista, o jazigo do humor é a nota de rodapé.