"Ernst Lubitsch, Mitchell Leisen, Frank Capra, Peter Godfrey, Henry Koster, George Seaton, Michael Curtiz, Joe Dante, John Huston, John McTiernan, Éric Rohmer e Abel Ferrara nos dão esses filmes": por Jeffis Carvalho e Miguel Forlin, editores da seção de Cinema do Estado da Arte, uma lista de filmes para o Natal.
“O Fundão é uma cidade de menos de 9 mil habitantes, a duas horas e meia de carro ao nordeste de Lisboa, em um vale encrustado entre a Serra da Estrela ? o ponto mais alto de Portugal ? e a Serra da Gardunha ? repleta de cerejeiras, principal produto da região, chamada, inclusive, de “petróleo vermelho”. [...] Nessa pequena cidade acontecem anualmente os Encontros Cinematográficos, festival de cinema que está na sua décima edição.” Entre os convidados deste ano, estiveram nomes como Pedro Costa, José Oliveira, Marta Ramos e Manuel Mozos. Giovanni Comodo, o nosso novo colaborador, acompanhou de perto todos os encontros e nos conta como foi cada um deles.
“Se é verdade que a modernização acelerada do Pós-Guerra, cujo ponto de inflexão é 1968, foi acompanhada por uma democratização dos laços de família, com a contestação ao que restou da soberania do pai (já ironizada por Truffaut, em 1958), filmes como os de Pialat, de Fassbinder ou de Haneke sugerem os lados obscuros dessa transformação e os afetos destrutivos despertados pela horizontalidade familiar ? diferentes dos infernos da antiga família vertical, mas não menos reais.” Por Rodrigo de Lemos, um ensaio sobre a história da família pelas lentes do cinema.
Godard, 90 anos. Por Jeffis Carvalho e Miguel Forlin.
Por Rafael Dornellas, um ensaio sobre a arquitetura da solidão no cinema de Kiyoshi Kurosawa, cujos melhores filmes “são construídos como enigmas, como extensas narrativas encriptadas em corpos estranhos”.
“O passado ? familiar, nacional, colonial ? é uma herança traumática que não pode ser silenciada ou negada.” Em parceria com À Pala de Walsh, um ensaio de Paulo Cunha sobre O Fascínio (2003), de José Fonseca e Costa — sobre um fascínio luso-brasileiro.
Petromelancolia, círculos viciosos e retornos não eternos. Por Fabrício Tavares de Moraes, a terceira parte da série de ensaios sobre True Detective.
O que é um “filme de samurai”—e por que este é o gênero favorito de muitos aficionados de Shakespeare? Por José Francisco Botelho.
Mais do que um dos grandes ícones de masculinidade da segunda metade do século XX, Sean Connery foi um grande ator e uma personalidade fascinante. A cada filme ? de tipos muito elegantes a policiais truculentos ? o carisma do ator, seu talento, sua generosidade e sua simpatia fizeram dele um exemplo. Jeffis Carvalho e Miguel Forlin, editores de cinema do Estado da Arte, falam dessa dimensão do ator que faleceu no último dia 31, aos 90 anos.