A guerra cultural bolsonarista, que se beneficia de uma técnica discursiva, a retórica do ódio, ensinada nas últimas décadas por Olavo de Carvalho, conduzirá inexoravelmente o país ao caos social, à paralisia da administração pública e ao déficit cognitivo definidor do analfabetismo ideológico.
Será que os humanos são capazes de satisfazer-se com esperanças sensatas e um olhar atento ao presente, ou somos uma espécie que teima e precisa crer em ilusões?
Hoje, estamos mais do que aptos, como estava Donoso Cortés em Paris, no distante 1848, para compreender os limites do legalismo liberal.
Mesmo que a prova de Tomás fosse forte, seria ainda preciso ver se não há outras provas mais fortes contra a existência de Deus. E vice-versa: mesmo que as objecções contra o raciocínio de Tomás sejam realmente fatais, como parecem, é preciso ainda ver se haverá outros argumentos cosmológicos que lhes sejam imunes.
O (já) complexo problema da sorte moral, sobretudo (e ainda mais) quando pensamos na justificação da punição.
Emoções podem salvar, literalmente, nossas vidas.
O outro odeia; eu sou odiado; por isso odeio. A perguntade Huerta de Soto, "Por que os intelectuais odeiam o capitalismo?", poderia ter como resposta sua forma invertida: "Por que o capitalismo odeia os intelectuais?".
Se, para Mill, a liberdade é o único meio pelo qual o homem pode progredir, para Berlin, a liberdade é apenas um entre os muitos bens que a humanidade deseja, e crê que a criatividade e o espírito livre das pessoas podem surgir mesmo em meio a um ambiente opressor.
Em meio a tantas incertezas, compõe o mínimo denominador comum a terrível assunção – que ninguém pode subestimar e minimizar – de que as concessões que se fizerem na saúde, na economia e na liberdade carregam consigo riscos incomensuráveis.