Pela multiplicação de crises – sociais, ambientais, sanitárias... – as pessoas tomam consciência de “sua comunidade de destinos”.
A guerra cultural bolsonarista, que se beneficia de uma técnica discursiva, a retórica do ódio, ensinada nas últimas décadas por Olavo de Carvalho, conduzirá inexoravelmente o país ao caos social, à paralisia da administração pública e ao déficit cognitivo definidor do analfabetismo ideológico.
Hoje, estamos mais do que aptos, como estava Donoso Cortés em Paris, no distante 1848, para compreender os limites do legalismo liberal.
As intuições que a teoria e a história de regimes não democráticos nos dão podem ajudar a entender o desenrolar dos acontecimentos envolvendo governantes eleitos e seus ministros.
A atualidade da construção schmittiana de estado de exceção nos coloca um problema de elevadíssima dramaticidade.
A expressão “caminhando com o destino”, pode ser enganadora, se for dissociada das razões — morais, políticas, filosóficas — que levaram Churchill a enfrentar as batalhas cruciais que enfrentou.
O cientista político Pedro Ernesto Vicente de Castro argumenta que ditaduras não são melhores do que democracias em lidar com crises.
O Direito exige que o raciocínio vá muito além da simples resposta correta em termos teleológicos. Não é exclusivamente o destino ou o acerto da medida que importa, mas o meio é igualmente (ou mais) essencial para o ordenamento jurídico constitucional. Para os leitores que, eventualmente, estejam angustiados apenas com o acerto da medida, ressalto: o Estado Democrático de Direito não está preocupado com a perfeição ou o ideal.
Momentos excepcionais exigem das instituições grandeza e prudência na tomada de decisões que sejam, ao mesmo tempo, eficientes e constitucionais.