Em texto inédito em português publicado pelo Estado da Arte, Ian McEwan alerta: "a liberdade de expressão sustenta todas as outras liberdades das quais desfrutamos. Sem ela, a democracia é uma farsa."
Do ponto de vista liberal clássico, o populismo autoritário representa uma grande ameaça tanto à liberdade individual quanto aos direitos de propriedade ao defender a maioria absoluta e um Estado cada vez mais forte à custa das minorias, dos indivíduos e das empresas.
O alvo do “pensamento crítico” não costuma ser o argumento do outro, mas a própria figura do outro. Não se pergunta com que razões o outro fala, mas em nome de quais interesses.
O que aconteceu em Charlottesville nos dias 11 e 12 de agosto foi isto: a História resolveu bater à porta e trouxe consigo três desagradáveis fantasmas do passado: o racismo, o supremacismo branco e o nazismo. E quando esses personagens entram em cena, não é possível usar o argumento do "mas e a violência deles?"
A ascensão de Emmanuel Macron ao trono presidencial pôde parecer a alguns intelectuais uma lufada de ar fresco. Mas o que se pode esperar de Macron em educação e em cultura?
Não se quebra um vaso para colar suas partes e tentar fazê-lo melhor. Desgoverno e corrupção não são ruptura, mas, infelizmente, mera continuidade de nossa história política.
Se, no campo da ciência propriamente dita, a galinha pode ter vindo antes, em política, o ovo veio primeiro, surgindo a galinha muito tempo depois como mais um exotismo da nossa frondosa e frutífera jabuticabeira nestes Tristes Trópicos.
Entrevista com o filósofo e editor do Estado da Arte - Estadão, Eduardo Wolf ao programa Quem Somos Nós.
Na estreia da coluna 'Wolfianas', o filósofo Eduardo Wolf reflete sobre o significado da recorrência de padrões ditatoriais e violentos na política e questiona: existe progresso em ética e política?