Se, no campo da ciência propriamente dita, a galinha pode ter vindo antes, em política, o ovo veio primeiro, surgindo a galinha muito tempo depois como mais um exotismo da nossa frondosa e frutífera jabuticabeira nestes Tristes Trópicos.
Entrevista com o filósofo e editor do Estado da Arte - Estadão, Eduardo Wolf ao programa Quem Somos Nós.
Na estreia da coluna 'Wolfianas', o filósofo Eduardo Wolf reflete sobre o significado da recorrência de padrões ditatoriais e violentos na política e questiona: existe progresso em ética e política?
Eis a importância do debate científico: permitir a evolução intelectual da espécie humana através do enfrentamento às intimidações atróficas reacionárias e às proposições metastáticas do politicamente correto.
A descoberta de uma teoria que saiba não somente diagnosticar uma injustiça social, sua etiologia e seu funcionamento, mas também oferecer um prognóstico e até mesmo uma solução prática para extingui-la, é algo que pode ocorrer tanto no atacado (o que ocorre com as teorias generalistas), quanto no varejo (com hipóteses sobre algum tema específico).
Se os demais juízes do STF não querem ou não conseguem chamar o colega à razão e fazer com que aja de maneira institucionalmente exemplar, talvez devamos pensar em uma alternativa em que os onze manifestem-se sobre tudo e sobre todos.
Para a sociedade como um todo, um ideólogo, não importa a posição que ocupe - professor, juiz, jornalista, especialmente gestor ou servidor público -, é um desastre.
um país de pouca preocupação com a vida em comunidade, não podemos depender de uma virtude cívica que não existe, precisamos de instituições que nos induzam ao equilíbrio desejado, e para desenhar tais instituições precisamos compreender o problema de maneira mais completa.
A cada vez que ouço a palavra “protagonismo”, lembro, com temor, dos órfãos que Makarenko transformou em revolucionários determinados através do poder do grupo, mais opressivo que o poder hierárquico de um só.