Ensaio publicado em "La Critica" por Benedetto Croce. 1942 d.C.
Por um lado, parece evidente que a atual crise no sistema carcerário brasileiro é um dos reflexos da força do crime organizado em nosso país. Por outro lado, também parece inevitável que a tomemos como uma decorrência do descaso generalizado entre a população quanto às condições de vida do encarcerado.
O desaparecimento de Dora Ferreira da Silva (1919-2006) poderia marcar a condenação de uma de nossas maiores poetisas a um lugar naquele cemitério dos poetas que é também o umbral de seu esquecimento.
Esquecido em nossos meios editoriais, acadêmicos e críticos, Croce retorna ao circuito das ideias brasileiras agora com sua Estética como Ciência da Expressão e Linguística Geral (É Realizações), obra-prima de 1902.
Ao retornar à Estética como ciência da expressão e linguística geral (1902), de Benedetto Croce (1866-1952), para apresentar a edição brasileira preparada pela É Realizações (com tradução de Omayr José de Moraes Júnior), ademais de um senso natural de responsabilidade, assaltou-me uma agradável nostalgia.
Historiador, crítico literário e das artes, liderança política e, sobretudo, filósofo, Croce foi a figura intelectual de maior destaque na Itália da primeira metade do século XX.