Recentes falas do Presidente da República “não têm fundamento jurídico nem legitimidade política, uma vez que entreabrem um desprezo às instituições e afronta ao império da lei“. A “sinalização do povo” e a democracia no Brasil de Bolsonaro, por José Eduardo Faria.
No 21 de abril, um ensaio de Paulo Roberto de Almeida sobre os enigmas e dilemas da “Inconfidência” — nome injusto com o significado mais profundo de um movimento que fracassou, mas que deixou sua marca; naquele momento, e mais de um século depois.
Sobre culpa e perdão, sobre responsabilidade moral e reconciliação, sobre a possível justiça pública compartilhada num futuro pretérito. Em meio a celebrações da ditadura militar brasileira, um ensaio de Juliana Fonseca Pontes que insiste na memória.
"Algum embaixador brasileiro em Berlim já lamentou, de forma repetida e quase cansativa em seus discursos, a negligência com que os alemães consideravam o papel do Brasil na formação dessa família de grandes artistas." Por André Chermont de Lima, um ensaio sobre Brasil e a presença do “estrangeiro” na obra de Thomas Mann, e da família Mann em geral.
Quando “nem mesmo longos tratados de história e de política seriam capazes de prever todos os danos que Bolsonaro proporciona ao Brasil”, um ensaio de Felipe Freller sobre por que o impeachment foi tirado da mesa.
Por Pedro Fernando Nery, um ensaio sobre nossa desigualdade em V e o experimento legislativo de um país menos injusto em 2020.
Por Paulo R. de Almeida, um ensaio sobre nossas contradições na república que não fomos; sobre déjà vu e desesperança, nosso modernismo e nossa angústia.
De quando o Rei Soldado encontrou o Soldado da Lei: um ensaio de Georges Martyn e Marcílio França sobre o Estado de Direito e os 100 anos da visita dos reis belgas ao Brasil.
"A visita dos reis belgas ao Brasil foi um estrondoso sucesso, em distintas direções. No plano pragmático imediato, consolidou as relações político-econômicas com a Bélgica; numa dimensão mediata, consolidou a inserção internacional do Brasil no teatro das relações internacionais . . . Pelo resto de suas vidas, o Rei Soldado e o Soldado da Lei guardaram as melhores recordações daqueles dias na jovem república brasileira."
Em tempos duros como os nossos, o testemunho de Alceu Amoroso Lima parece ser capaz de transmitir a pertinácia de uma vida quase inteiramente dedicada a uma escolha: a "esperança contra a esperança", isto é, uma esperança a despeito até de si mesma.