Jair Bolsonaro

O conceito de ironia, constantemente referido a Bolsonaro

"Eis o cruzamento entre ironia e fascismo. Diante de múltiplas verdades e mentiras, em meio a um infinito jogo de espelhos, tornamo-nos suscetíveis à mistificação. Embora em desuso, o termo é simples: trata-se de tornar algo banal em uma coisa obscura, divina ou mágica. Ou, a título de exemplo, trata-se de tornar um chulo capitão de infantaria em uma espécie de mito, detentor de virtudes heroicas: sua vulgaridade sugere a franqueza; sua inépcia, simplicidade; suas polêmicas, bravura e martírio. Como o sedutor silencioso e irônico, no qual projetamos todas as qualidades que desejamos, personagens da laia de Jair Bolsonaro são capazes de catalisar as projeções políticas de seu eleitorado, confundindo-as e dissolvendo-as na sua própria personalidade." Para Pedro Augusto Pinto, Jair Bolsonaro é "o melhor exemplo disponível no mercado" para ilustrar o conceito de ironia em Søren Kierkegaard.

Bolsonaro 2020: muitas incertezas, poucas esperanças

por José Eduardo Faria Entre a quantidade de bobagens que o capitão presidente e seus ministros e secretários despejam diariamente sobre a sociedade brasileira, raras são as que merecem um mínimo de reflexão antes de seguir para a lata do…

A análise da democracia supõe evidências, não opiniões

Pesquisas mostram que a avaliação que as pessoas fazem da qualidade da democracia varia significativamente a partir das simpatias ou antipatias em relação ao governo do momento. A boa análise da democracia supõe um saudável distanciamento em relação às posições em jogo, na arena política.