“Entre Dom Quixote e o pequeno burguês vitimado pela publicidade, a distância não é tão grande quanto o romantismo gostaria que acreditássemos”, diz René Girard no primeiro capítulo de Mentira Romântica e Verdade Romanesca.
Assim como o Universo, naquele infinitamente citável poema de T.S. Eliot, a tragédia de Romeu e Julieta também acaba em um gemido, mas, para que esse gemido traga consigo a máxima concentração de desalento, a peça tem de começar com uma explosão.
Conforme nos garante a sabedoria vernácula, não há nada mais sem graça do que explicar uma piada. E tanto menor será a graça quanto mais minuciosa for a explicação; sob esse ponto de vista, o jazigo do humor é a nota de rodapé.
A Penguin - Companhia das Letras lançou uma nova edição de Romeu e Julieta. A tradução ficou a cargo de José Francisco Botelho, que estreia hoje sua coluna no Estado da Arte. Para celebrar, publicamos trechos de uma das cenas mais famosas da tragédia dos jovens amantes.
O lançamento em português de O Grande Zoológico (Editora Record) oferece ao leitor brasileiro a oportunidade de conhecer melhor a obra de um dos maiores escritores contemporâneos: Howard Jacobson, ensaísta e ficcionista inglês e judeu, autor de interesse e alcance universais.