A sociologia das imagens nos ajuda a compreender como passamos de uma sociedade de laços ampliados para uma sociedade do "selfie". Tornamo-nos demasiadamente sensíveis ao que nos incomoda nos outros e rompemos, com muita facilidade, os laços que nos sustentam. Precisamos, porém, recuperar um propósito comum.
O protagonista dessa ópera padece de um sentimento não necessariamente original: ele se sente inadequado, desajustado e marginalizado frente a uma realidade caótica e desgovernada, na qual as coisas parecem se fragmentar sem que saibamos de onde vem a força que faz tudo ruir.
Em processo de redescoberta no Brasil, Lon Luvois Fuller (1902-1978) sugere, entre seus oito princípios de juridicidade, a congruência entre norma declarada e ação dos agentes — um pressuposto de especial interesse para nossos problemas especificamente brasileiros.
O ciúme é uma neurose do olhar: quanto mais o ciumento está tomado pela crença do olhar como o transmissor das mensagens de desejo (dos outros para si e de si para os outros) tanto mais ele será refém de seu sentimento.
Será que aqueles que defenderam a continuidade da escravidão tinham elementos suficientes para identificar o quanto essa decisão poderia impactar o desenvolvimento futuro? Discutida pelo filósofo escocês William MacAskill, a noção de 'longotermismo' pode ajudar nesta reflexão.
Neste segundo texto da série do psicanalista Felipe Pimentel, uma obra-prima do cinema iraniano ajuda-nos a compreender como as pessoas acometidas pelo ressentimento vivem em volta do ato que o originou.
Novo museu destaca a conexão dos automóveis com a arte e a cultura do País. Parceira da empreitada por meio do Projeto República, da UFMG, Heloísa Starling avalia que "há sempre uma história a ser contada sobre a sociedade brasileira em que o automóvel participa".
Ensaios de "Parerga e Paralipomena" iluminam uma série de questões contemporâneas — da Inteligência Artificial às relações entre agentes do meio literário.
Em meio a toda a engenharia da alma atualmente vigente, que procura de modos finos extirpar da natureza humana toda sua maldade, parece pertinente retomarmos nossas pequenas vilezas, não como um modo perverso de nos acusar alguma imperfeição, porém, como um modo de nos reconhecermos, talvez um pouco mais falhos, mas acima de tudo humanos.