A (in)tolerência segundo Umberto Eco
Notas de Umberto Eco sobre a intolerância selvagem — e sobre o que (ainda) podemos fazer.
Read moreNotas de Umberto Eco sobre a intolerância selvagem — e sobre o que (ainda) podemos fazer.
Read moreA retórica radical da justiça social não salvará as humanidades, mas as panaceias humanistas enfadonhas (que a mesma retórica radical acaba por contradizer) também não. Um ensaio de Geoff Shullenberger, traduzido por Guilherme Bianchi.
Read moreBrasil, país no qual o racismo tem significado porque há uma prática que lhe respalda. Por Érico Andrade.
Read morePor Filipe Campello, um ensaio sobre os riscos de uma redução do horizonte das questões da justiça apenas à esfera jurídica e as patologias da juridificação diante das dimensões estruturais da injustiça — sobre o ponto cego da lógica jurídica diante daquilo que está implícito nas práticas sociais.
Read more“O negro nasce e se descobre em um mundo velho e desgastado pela escravidão. O branco nasce em um mundo sempre novo e promissor; quando descobre a realidade do racismo, tem o privilégio de escolher lutar contra ele (e receber as honrarias de um herói) ou se abster de um problema que, afinal, não lhe diz respeito.
Assim, em nossa realidade, as duas identidades — branca e negra — fecham-se nos dois lados de um símbolo — o universal e o particular, o incondicionado e o condicionado.” Por Adriano Moraes Migliavacca, uma proposta de reflexão sobre o conceito de branquitude.
“Nenhuma das ameaças pré-pandemia à economia global desapareceu, e pelo contrário, com a crise gerada pela COVID-19 e as resposta que estão a ser encontradas, estão a agravar-se e a agravar todas elas. Ampliaram-se os grandes riscos que já existiam e introduziram-se mais barreiras ao crescimento na próxima década.” Para Sónia Ribeiro, do Instituto de Estudos Políticos, em tempos de horizontes largos, importa rejeitar as falsas respostas e encarar a incerteza em seus termos.
Read moreEm resposta ao ensaio de Rogério P. Severo — sobre os “irracionalismos identitários”, produto de uma radical mudança no discurso dos movimentos negro, gay e feminista das últimas décadas —, Érico Andrade fala sobre a importância das questões identitárias e sobre racionalidade na compreensão de nossa formação histórica.
Read more“A pandemia, com seu enorme custo social e de vidas, poderá produzir algumas consequências positivas — se a sociedade brasileira for capaz de se apropriar dos novos impulsos que ela gerou.” Uma análise do Prof. Bernardo Sorj sobre política e conflitos de valores na pandemia; um ensaio que busca um pouco de distanciamento para analisar nossa crise em todas suas circunstâncias — inclusive a do pluralismo valorativo.
Read more“Durante e após a epidemia, o esforço de preservar o estado democrático, as liberdades fundamentais, a ordem legal e a paz social estará além e aquém do habitual conflito entre a direita e a esquerda. É um esforço por sobrevivência que exige que nos voltemos a valores e sentimentos essenciais.” Um ensaio do Prof. Arthur Alfaix Assis sobre as várias camadas de nossa crise e os valores elementares daquilo a que chamamos de civilização.
Read more“A inferioridade negra foi uma mentira extremamente bem contada; elaborada para durar séculos. O sucesso dessa mentira garante que ela não se dissipará se a ignorarmos; ela não morrerá de inanição. Sua impugnação não ocorrerá senão com uma longa, consciente e ativa reformulação das ideias que temos não só sobre pessoas negras, mas também sobre pessoas brancas.” Um ensaio de Adriano Moraes Migliavacca sobre o racismo enquanto exercício de predicação.
Read more“A pandemia escancara a fragilidade de nossa racionalidade. Se não aceitamos nossas limitações, não estamos aptos para assimilar uma nova evidência. Se não questionamos nossas crenças, não podemos enxergar falhas em nosso funcionamento lógico.” Um ensaio da Prof. Claudia Feitosa-Santana, sobre a racionalidade humana e a tomada de decisão — na pandemia, e para além dela também. Um ensaio que sugere a aposta em um viver mais altruístico, no infinito, independentemente do resultado dessa aposta.
Read moreTrazemos hoje uma parceria entre três pesquisadores, que emprestaram sua visão dos acontecimentos recentes para prover um debate acerca do racismo na mídia e na sociedade, no Brasil e nos Estados Unidos. O caso George Floyd nos EUA e no Brasil, por Danielle Kilgo, Rachel Mourão e Irapuã Santana.
Read more“A pandemia da COVID-19 iluminou iniquidades que colocaram as pessoas pobres em maior risco de sofrimento. O Papa Francisco recentemente apontou em uma entrevista: ‘Este é o momento de ver os pobres’.” Um ensaio de Joachim von Braun, Stefano Zamagni e Marcelo Sánchez Sorondo, na AAAS, traduzido por Adriano Bechara, João Cortese e Marcos Paulo de Lucca Silveira.
Read moreAs considerações do músico Wynton Marsalis sobre mais um assassinato público e sem sentido de um Cidadão Negro por agentes da lei nos EUA, na tradução de Leandro Oliveira.
Read moreAgora, mais do que nunca, em meio à pandemia da COVID-19, precisamos das virtudes e dos esclarecimentos (insights) que a ética das virtudes nos oferece. Um ensaio de Julian C. Hughes, traduzido por Adriano Bechara, João Cortese e Marcos Paulo de Lucca Silveira (Núcleo de Bioética da Fundação José Luiz Egydio Setúbal).
Read more“Na pior das ironias, a revolta contra o sistema, ao menos até agora, tornou o sistema algo mais assustador do que nunca.” Depois de George Floyd, uma nação em busca de justiça. Por Hugh Eakin, para a New York Review of Books. Tradução de Gilberto Morbach.
Read moreComo a história do século XX ilustra – e na Europa de forma evidente –, uma crise nunca tem uma via única de resolução. O futuro reconstrói-se após cada crise, quando novas oportunidades se abrem para a reinvenção com a criatividade e o livre arbítrio que só a humanidade tem para decidir como o quer moldar.
Read moreA solidariedade parece ser um chamado urgente – ao menos quanto ao termo, concordam todos. Quanto ao que ele significa, ou se a atitude à qual ele nos chama sobreviverá após este período, talvez seja um outro assunto. De que virtudes carecemos agora para trazer esta solidariedade à prática?
Read more“Eles existem, eles não estão apenas jogados sobre a minha mesa.” A frase, em que o pronome “eles” indica um número de 428 mortos impresso num boletim de estatística, foi escrita em 1943 por um cronista inquieto e constrangido; bem que poderia ter sido dita por Jair Messias Bolsonaro, em lugar da assombrosa “E daí?”. Mas a decência e a dignidade não costumam visitar com muita frequência o presidente.
Read moreO mundo se depara com uma nova crise e, como quase sempre, não dispõe de um saber visionário infalível, capaz de discernir qual acervo de virtudes, caprichos ou fraquezas irá, ao fim e ao cabo, prevalecer. Mas, a essa altura, depois de tantos séculos de erros e acertos, uma coisa segura talvez possa ser dita com serenidade, prescindindo de pontos de exclamação e de interrogação.
Read more