Literatura

O Divã de Goethe

“Admite! Os poetas do Oriente são maiores que os do Ocidente”! Por Marcus Mazzari, um ensaio sobre O Divã de Goethe; sobre questões tradutórias, sobre sua importância para o advento da Weltliteratur, sobre a relação do poeta com a tradição lírica persa e árabe.

Sobre teias assim: estética literária na literatura negro-africana

Se pensarmos em um legado literário como uma teia, por que a vemos não como uma trama, mas como tediosos pares de opostos? A oposição entre cultura ocidental (ou europeia, for that matter) e cultura africana é empobrecedora na esfera da estética. É o que sugere Adriano Migliavacca, em notas sobre a estética literária na literatura negro-africana. “Quem crê que a África nada produziu de valioso para a civilização humana e quem crê que tudo que vem da Europa são mentiras colonialistas deveriam se educar minimamente sobre seus bichos-papões.”

A tradução como mapa do mundo e como reconhecimento do outro

“A língua é muito mais do que o veículo de uma expressão articulada de signos — é o lugar do pensamento e do imaginário, no qual concebemos e guardamos todos aqueles bens culturais, simbólicos e afetivos dos quais lançamos mão para compreendermos ao mundo, a nós mesmos e ao outro.” Por Márcio Scheel, um ensaio sobre a tradução; sobre pensar a língua.

Uma biblioteca em estado puro

Sem acesso aos lançamentos no Brasil no ano passado, e embora ninguém a ele tenha perguntado nada, o diplomata Ary Quintella — que não troca o papel pelo Kindle — comenta alguns livros que, lidos ou relidos, estiveram ao alcance de sua mão em 2020.

2021 e a revolta como resposta à estupidez mítica

Depois de um ano emblematicamente absurdo como 2020, em contraposição ao império da estupidez, a revolta camuseana surge como antídoto à degradação de tudo aquilo que entendemos por civilização. Por Georges Abboud, a revolta como resposta possível à estupidez mítica de 2020 — ou como Albert Camus nos prepara para 2021.