
Rosa Montero e José Luís Peixoto: aproximações literárias
Ao confrontarmos as obras dos dois premiados escritores ibéricos, vemos pontos de contato e abordagens em que parecem responder um ao outro.
Ao confrontarmos as obras dos dois premiados escritores ibéricos, vemos pontos de contato e abordagens em que parecem responder um ao outro.
Em uma era que parece se configurar como a da "pós-crítica", os pré-requisitos para quem avalia uma obra literária estão cada vez mais relacionados com a regularidade de publicações e o número de seguidores nas redes sociais.
Neste capítulo, acompanhamos, com base nas anotações de José, um experimento que coloca em discussão a faísca do totalitarismo, enfocando o filme "A Onda" (2008), de Dennis Gansel, e o documentário ficcional "Ele está de volta" (2015), de David Wnendt.
O ciúme é uma neurose do olhar: quanto mais o ciumento está tomado pela crença do olhar como o transmissor das mensagens de desejo (dos outros para si e de si para os outros) tanto mais ele será refém de seu sentimento.
Gênio precoce e escritor à frente de seu tempo, o autor de "O emblema vermelho da coragem", de 1895, protagoniza biografia assinada por Paul Auster.
Desenterrando lembranças de Dna. Dilza, sua antiga professora de história, é a vez de José se debruçar sobre uma narrativa em língua alemã que se passa numa inusitada instituição autocrática: o romance diarístico "Jakob Von Gunten" (1909), do escritor suíço Robert Walser.
Com as diferentes leituras que fez da obra de Graciliano Ramos, o crítico brasileiro mostra como a volta aos textos, em momentos diversos de nossa vida, revela derivas de sentido inexploradas.
É profundamente inquietante ver que, em um país com tão forte substrato cultural negro-africano, persista a mentira de que as culturas negro-africanas não têm legados civilizacionais próprios.
O primeiro capítulo de 2025 inaugura uma nova perspectiva na série. A partir de agora, a suspeita e o desejo cedem lugar para a vigilância e a disciplina. É a vez de José e seu interlocutor refletirem sobre três colégios que podem ser descritos, de acordo com o conceito do sociólogo canadense Erving Goffman, como “instituições totais”: "O Ateneu" (1888), de Raul Pompeia; "Manhã Submersa" (1954), de Virgílio Ferreira; e "A Cidade e os Cachorros" (1963), de Mario Vargas Llosa.