Política

Sobre os valores do liberalismo

Quais são os valores do liberalismo? "A despeito da dificuldade em caracterizar e definir uma doutrina tão complexa e já tão longeva como o liberalismo", o Prof. Denis Coitinho procura "destacar suas ideias centrais, considerando tanto o liberalismo clássico quanto o contemporâneo". "O liberalismo", assim, "é uma teoria política, moral e econômica que defende o progresso da humanidade, a neutralidade ética estatal, a tolerância como virtude pública central e o livre mercado com justiça social."

Como uma democracia lida com desacordos jurídicos?

"Num país cada vez mais dividido, uma pergunta se torna urgente para garantir condições mínimas de convivência: é possível resolver desacordos sobre que direitos as pessoas têm, de uma maneira racional?" Para Ziel Ferreira Lopes, "alguma racionalidade jurídica é necessária para sustentar o projeto de democracia que perseguimos até aqui."

Camisas verdes, ontem e hoje: um olhar histórico para nosso tempo

"No momento em que vivemos a experiência de tentativa de implementação de uma democracia iliberal no Brasil, retomarmos a história do Integralismo de Plínio Salgado e as reminiscências no imaginário da direita autoritária brasileira é um passo fundamental." Por Rodrigo Coppe, uma resenha do recém-publicado 'O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo', de Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto.

Recordando Mário Soares e os bons velhos tempos

"Nos bons velhos tempos, uma das mais estimulantes observações de Mário Soares era que, em democracia, o pêndulo tem de ter espaço para se mover tranquilamente — um pouco mais para a esquerda hoje, um pouco mais para a direita amanhã." Recordando Mário Soares e os bons velhos tempos, contra o clima tribal de nossa época, as recomendações de leitura do Professor João Carlos Espada, OBE. (Publicado originalmente no Observador.)

O fascismo em camisas verdes

O Estado da Arte, em parceria com o Projeto Bolsonarismo: o Novo Fascismo Brasileiro, do Labô/PUC-SP — coordenado pelos professores Luiz Felipe Pondé e Eduardo Wolf —, apresenta fragmentos da obra O Fascismo em Camisas Verdes: do Integralismo ao Neointegralismo, de Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto. Lançado pela FGV Editora, a obra é, como Octavio Guedes anuncia em seu prefácio, mais que um livro de história: é “um belo trabalho de investigação, um manual para se entender o Brasil de hoje”.

A degradação do debate público piora a democracia

"Numa democracia liberal, a mídia cumpre o fundamental papel de intermediação dos diferentes setores da sociedade. A imprensa é nossa ágora moderna. Como tal, demanda exigências mínimas de decoro." Para Mano Ferreira, "a declaração pública do colunista Helio Schwartsman, na Folha de S. Paulo, de que torce pela morte do presidente Jair Bolsonaro, cruzou uma nova fronteira na degradação do debate brasileiro" — e essa degradação, em última análise, piora a democracia.

Federico Finchelstein: “Vivemos um novo caminho do populismo em direção ao fascismo”

Um dos grandes estudiosos do fascismo e do populismo hoje, Federico Finchelstein é Professor de História da New School for Social Research, em Nova York. Em entrevista exclusiva, conduzida por Rodrigo Coppe, o Professor Finchelstein falou sobre sua obra, sobre os conceitos de fascismo e populismo, sobre democracia e ditadura, sobre nosso tempo. Uma parceria do Estado da Arte com o projeto Bolsonarismo: Novo Fascismo Brasileiro, desenvolvido pelo Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo/PUC-SP, o Labô.

A agenda pós-pandemia: cinco itens

"Quando a Covid-19 passar e o país tomar consciência da distância entre os problemas socioeconômicos por ela acarretados e a efetividade das leis em vigor, o ultraliberalismo da equipe econômica do atual governo terá de voltar para as gavetas de onde jamais deveria ter saído e a rediscussão do papel do Estado nacional e dos direitos estará na ordem do dia." Para o Prof. José Eduardo Faria, cinco pontos são essenciais nesse debate.

A metamorfose: a palavra e o ódio

"Os mecanismos para driblar a autocondenação vão desde santificar a ação por nobres propósitos ideológicos, políticos e sociais a eufemismos: uma linguagem que produz uma névoa semântica para esterilizar os atos violentos e contornar a culpabilidade." Um ensaio de Celina Alcântara Brod sobre a força do rótulo no desengajamento que foge à responsabilidade moral individual. "Nosso mal-estar da política, está, e não é de hoje, nessa constante fabricação de um inimigo sem rosto."