A ideia de "enxugar" a Constituição para retirar poderes do STF e instaurar o semipresidencialismo, impedindo a alta corte de bloquear atos do Executivo e do Legislativo e diminuindo suas bases legais para dirimir conflitos políticos, é inconsequente e danosa para o País.
Uma sociedade que precisa a cada polêmica retornar às perguntas mais elementares não possui nem história, nem transmissão. É uma sociedade que precisa refundar a si mesma a cada geração.
É deprimente e inspira a maior desesperança o fato de Aécio Neves não ter renunciado ao cargo ou não ter sido cassado por seus pares após a divulgação de áudio em que pede 2 milhões de reais a um corruptor confesso de centenas de políticos.
O artigo examina o comprometimento do incipiente novo liberalismo brasileiro com ideias conservadoras, reacionárias ou puramente obscurantistas, como no caso da "cura gay".
Reconhecemos nossa crença na liberdade de expressão não pela defesa das ideias que amamos, mas sim pelo empenho com que defendemos a liberdade para a circulação das ideias que julgamos as mais inaceitáveis.
O que está em jogo nas reformas do Governo são duas racionalidades distintas: a econômica, voltada para os resultados; e a jurídica, fundada em princípios, premissas e valores formais.
Um dos lugares comuns da filosofia política dos últimos 250 anos é o suposto conflito existente entre constitucionalismo e democracia. A democracia pressupõe que, de uma forma ou de outra, a vontade da maioria deve guiar as decisões políticas.
A sociedade contemporânea é marcada por divergências políticas profundas, que dizem respeito a questões fundamentais, como identidade, comunidade, autonomia, igualdade, questões de vida e de morte.
Na atual conjuntura político-econômica é oportuno pensar o que devemos – e o que não devemos – cobrar das instituições e dos seus agentes.