Como é que nos aproximamos da estética do medo? Como é que podemos pensa-la? Um primeiro problema está na tensão entre o inquietante como essencial à forma ou o inquietante apenas como metáfora ou alegoria.
'Bingo', ainda em cartaz nos cinemas nacionais, é uma ode ao palhaço triste, essa figura híbrida misto dos tipos do carnaval veneziano, das figuras mambembes do teatro francês e italiano, do bobo da corte medieval e da tradição circense.
É comum ouvirmos que a universidade é uma instituição em crise. No campo do cinema e das artes, isso é falso. A universidade nunca foi tão poderosa, influente e atrativa. Há alguma vantagem nisso? Convém duvidar.
Em sua estreia no Estado da Arte, o crítico Miguel Forlin inicia uma série de artigos dedicados à obra do diretor italiano Michelangelo Antonioni, morto há uma década.
O cinema de Wajda é a defesa intransigente da arte de exprimir a própria liberdade de expressão.
Para entender a sofisticação da música na obra de Kubrick é preciso se deter em "Barry Lyndon".
A esperança, como a felicidade, é um tema que só se torna verossímil por meio da parcimônia. Sentimos mais intensamente sua essência quando ela surge engolfada pelo desespero; da mesma maneira, a felicidade só se torna nítida e pungente quando contrastada com o infortúnio. Ambas, para realmente comover, precisam ser sucintas; em excesso, perdem a forma e o frescor.
Hungria stalinista.
Stanley Kubrick entendeu o dramatismo do momento e é isso que ele fez no filme. Era uma faca no coração de Stálin.
Todo homem de palco sabe, é nos primeiros cinco minutos que captura-se a atenção da platéia. Alguns artistas e críticos - radicais! - levam a referência ao paroxismo, e sugerem que em cinco minutos de performance é possível saber se o pianista ou maestro ou orquestra é bom.